Vasseur permanece otimista, apesar da Ferrari estar bem atrás das rivais
domingo, 25 de agosto de 2024 às 9:00
Frederic Vasseur
Frederic Vasseur mantém uma perspectiva positiva, apesar da situação atual da Ferrari na Fórmula 1. Antes considerada a equipe que mais evoluiu no início de 2024, a escuderia de Maranello agora ficou atrás das principais adversárias Red Bull, McLaren e Mercedes.
“Se olharmos para os números”, disse Vasseur, chefe da equipe, ao jornal Corriere della Sera, “nos saímos muito melhor do que no ano passado – duas vitórias, onze pódios, 50 por cento a mais de pontos”.
“É claro que também houve muitos altos e baixos, mas é assim com todas as equipes. A Red Bull dominou no início, depois nos saímos bem, depois a McLaren e finalmente a Mercedes. A diferença entre os carros é sempre de cerca de dois décimos”, insistiu o francês.
No entanto, em Zandvoort, Charles Leclerc se encontrou a cerca de nove décimos do ritmo da pole position – com o monegasco admitindo que as suas esperanças pelo título de 2024 acabaram efetivamente. “Como todos estão tão próximos, é fácil cometer erros”, explicou Vasseur. “Nem tudo é preto e branco”.
Ele reconhece que a Ferrari teve que retirar recentemente uma atualização particularmente falha do carro, mas nega que isso tenha algo a ver com a saída do diretor técnico Enrico Cardile.
“Absolutamente não”, garantiu Vasseur. “O que trouxemos para a pista em junho foi concebido antes de abril. E o que veremos em Monza ou Singapura nasceu antes das férias de verão”.
Existe uma teoria de que a estabilidade da equipe possa ter sido afetada. “Estabilidade não significa manter Cardile”, rebateu. “Significa ter um grupo de liderança sólido com mais de 100 pessoas, e nos reunimos regularmente para discutir. Somos uma organização em que o coletivo conta mais do que o individual”.
“Dizendo isso, contratamos 60 pessoas em 12 meses sem falar nisso. O único que se falou foi o Loic Serra, mas só porque o nome dele surgiu por outros. E devemos lembrar que, com o limite orçamentário, é impossível manter sempre as mesmas pessoas”, prosseguiu.
“Mas não teremos uma estrutura técnica diferente. Haverá um diretor técnico que virá de fora. Devemos anunciá-lo depois de Monza”, apontou Vasseur.
A situação dos pilotos da Ferrari também tem sido problemática este ano, com Carlos Sainz ciente de que será substituído por Lewis Hamilton no próximo ano, e Charles Leclerc muitas vezes lutando para encontrar ritmo e consistência.
“Depois de Monte Carlo, Charles tinha grandes expectativas, pois deu tudo para esse sucesso. Aí começamos a sofrer com o carro e ele teve problemas. Mas ele sempre foi honesto, até mesmo ao reconhecer seus erros. E teve a reação que eu queria”, concluiu o chefe da Ferrari.
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