Vasseur defende Leclerc e a instabilidade da Ferrari

Frederic Vasseur e Charles Leclerc

Frederic Vasseur, chefe da equipe Ferrari, continua sendo um defensor ferrenho de Charles Leclerc em meio a mudanças contínuas na equipe. Será Carlos Sainz, e não o monegasco, quem partirá no final do ano para acomodar a chegada do heptacampeão mundial Lewis Hamilton.

O impacto da chegada de Hamilton sobre Leclerc, que tem tido problemas para igualar consistentemente o formidável Sainz nesta temporada, levanta questões. “Não quero pensar nisso porque temos muito trabalho a fazer nesta temporada”, disse Vasseur à Sky Itália.

“Conhecemos os aspectos positivos da chegada de Lewis. Todo mundo tem dito que (George) Russell é mais rápido que ele, mas no momento ele (Hamilton) marcou mais pontos para a Mercedes”, comentou.

Sobre a forma recente de Leclerc com a Ferrari de 2024, Vasseur reconheceu: “Ele teve alguns problemas nos últimos fins de semana. Quando digo isso, não estou falando de Charles ou de ninguém em particular, porque o primeiro problema que temos é com o pacote e depois, como equipe, inconscientemente tentamos compensar”.

Embora Sainz tenha se concentrado singularmente em garantir uma nova equipe para 2025 e além, tanto Ferrari quanto Leclerc enfrentaram instabilidade. Por exemplo, à medida que a McLaren se torna a força ultra-estável que domina cada vez mais a F1, os italianos agora viraram a quarta força do grid.

Insinuando recentemente que a Ferrari estava prestes a anunciar uma nova contratação significativa com um “nome de cinco letras”, Vasseur esclareceu: “Não é segredo que Loic Serra se juntará à equipe no próximo mês. Ele tem uma enorme experiência na F1″. Ele evita falar no nome de Adrian Newey, que está acertado com a equipe, segundo o Autoracing.

“Evito sempre falar apenas de um nome porque estamos num processo e desde o início, desde que cheguei, tomamos a decisão de reforçar a equipe em termos de áreas e provavelmente contratámos 60 pessoas. Mas prefiro ser discreto e confiamos nas pessoas que já temos”, explicou.

Vasseur também defendeu Leclerc em entrevista ao jornal The New York Times: “Ele ainda tem a mesma característica: culpar-se primeiro. Para isso, ele não mudou”.

“Mas, no geral, acho que ele está na trajetória que vi no passado. Ele está fazendo um excelente trabalho no carro e em termos de motivação e colaboração com todos”, concluiu o chefe da Ferrari.