Um olhar técnico no W13 atualizado da Mercedes para o GP da Espanha
quinta-feira, 19 de maio de 2022 às 13:42
Mercedes em Paul Ricard
Aqui temos um primeiro olhar técnico das atualizações da Mercedes que eles esperam reverter sua temporada no GP da Espanha deste fim de semana e finalmente brigar com Red Bull e Ferrari.
Os campeões da F1 nas últimas oito temporadas ficaram bem atrás de Vermelhos e Touros no início da nova era de 2022 e o GP da Espanha é crucial, pois os Prateados levam atualizações muito necessárias para as comparar com o carro que estreou na pré-temporada nos testes em Barcelona.
O grande problema que o carro apresentou nas cinco primeiras corridas do ano é o quique, que começa a ocorrer numa faixa de velocidade relativamente baixa (200 km/h) e a gravidade com que é acionada que limita tanto o carro.
A simulação de pré-temporada do carro com a atualização ‘zeropod’ sugeriu um grande ganho de desempenho em relação às especificações de sidepod padrão testadas na Espanha.
Essa simulação continua a sugerir que, se o carro pudesse rodar na altura mais baixa para a qual foi projetado, o desempenho seria espetacular o suficiente para permitir que o carro dominasse até a Red Bull e a Ferrari.
A questão, claro, é se é possível rodar o carro nas alturas em que tal desempenho foi baseado. Isso é apenas o mundo físico impondo suas realidades sobre um conjunto inválido de suposições em simulação? Ou há uma forma de controlar o quique de uma maneira que permita o acesso a toda essa performance teórica?
Uma das teorias é que a grande extensão do assoalho exposto criado pelo zeropod significa que o assoalho pode não ser rígido o suficiente para evitar que ele se flexione e interrompa o fluxo de ar da parte inferior da carroceria. Pode ser que o próprio desenho do assoalho seja aerodinamicamente poderoso demais para o que é estruturalmente possível. A resposta pode ser uma combinação desses e de outros fatores.
O fato é que depois de Barcelona, a equipe saberá se continua com seu atual carro ‘sem sidepod’ ou mudará completamente o conceito, pondo fim às suas esperanças de título já escassas.
O carro W13 foi colocado na garagem na quinta-feira em Barcelona e – embora haja muito mais clareza sobre as novas peças a partir de sexta-feira, já existem pistas que os Prateados têm alguns truques na manga.
Em fotos tiradas do pit-lane, pequenas asas podem ser vistas embaixo do carro em direção à asa dianteira, com a Mercedes aparentemente seguindo um desenho que a Ferrari e a Red Bull usaram no início da temporada.
As peças serão para melhorar o fluxo de ar na frente do carro.
Também parece haver mudanças no assoalho, uma área de fraqueza da Mercedes até agora este ano, com a borda do mesmo ajustada no W13. Fontes nos disseram que esse assoalho está mais rígido que o anterior sem aumentar o peso, já que o carro também tem problemas nesse sentido e muito provavelmente não atingirá o peso mínimo nessa temporada.
Além disso, o Autoracing pode informar que esse assoalho tem aletas embaixo – numa tentativa de não cortar o ar quando ele atingir o asfalto – não visíveis a olho nu.
As mudanças seguem um dia de filmagem para a Mercedes em Paul Ricard ontem, onde entende-se que a Mercedes tentou entender o carro que pretende usar neste fim de semana em limitados 100 km, o equivalente a 17 voltas.
George Russell dirigiu o carro renovado no teste a portas fechadas, com a Mercedes agora usando os dois dias de filmagem alocados em 2022.
A equipe ainda está confiante de que pode desbloquear seu ritmo de 2022 – como fizeram no TL2 de Miami – em um GP completo.
A Mercedes está atualmente em terceiro na classificação, 62 pontos atrás da Ferrari, que lidera por pouco a Red Bull
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