Schumacher: Verstappen realmente pode deixar a F1

Max Verstappen

Max Verstappen realmente pode cumprir sua ameaça e deixar a Fórmula 1 prematuramente, de acordo com o ex-piloto Ralf Schumacher.

O tricampeão mundial ficou furioso com sua punição em Singapura no último fim de semana, recusando-se quase completamente a falar em coletivas de imprensa sancionadas pela FIA e até ameaçando se aposentar mais cedo.

No entanto, o holandês recebeu apoio quase unânime.

“Talvez devêssemos nos concentrar em outras coisas além de apenas algumas palavras que são ditas em uma fração de segundo”, comentou Frederic Vasseur, chefe da Ferrari.

Norbert Haug, ex-chefe da Mercedes na F1, disse ao Sport1: “Estou surpreso que a F1 não tenha questões mais importantes do que essa tempestade em copo d’água. Com um ‘beep’, tudo se resolve e podemos passar para as coisas importantes”.

Quanto a Schumacher, ele acha que a ameaça de Verstappen de antecipar o fim de sua carreira na F1 pode ser real.

“Acho que ele vai parar se as coisas piorarem”, declarou Ralf. “Porque ele é simplesmente independente. Já ganhou dinheiro suficiente e sempre disse que não vai pilotar na F1 para sempre. Então, eu não descartaria isso”.

Schumacher também acha que a punição é apenas a mais recente de uma série de experiências negativas para Verstappen.

“Max tem muitas coisas acontecendo. Há o caso Christian Horner, a saída de Adrian Newey, os quiques do carro e o campeonato mundial lentamente escapando dele. Claro, você xinga às vezes”.

“Uma advertência teria sido suficiente. O papel trágico desempenhado por Mohammed Ben Sulayem (presidente da FIA) é como o nosso Olaf Scholz – um desastre em termos de comunicação”.

“Primeiro, ele se mete em problemas com Susie Wolff, depois o enorme escândalo com a Liberty Media que quase lhe custou o emprego, depois os comentários que fez na cerimônia oficial de premiação em Abu Dhabi. Eu recomendaria que a FIA pensasse em algo novo”.

“Obviamente, é uma briga. Eu lutaria contra isso? Se eu fosse o consultor de Max, diria que os problemas técnicos são grandes o suficiente”.

“Ele se sente tratado injustamente e está sendo teimoso, mas não acho que Ben Sulayem seja inteligente o suficiente para voltar atrás”.

“Então, eu faria uma virtude da necessidade e assumiria um projeto de paixão, talvez ajudasse as crianças ou algo assim. Ele precisa se concentrar no carro e vencer o campeonato mundial. Um boicote só o distrairia”.