Russell pede à FIA que pilotos possam ser “autênticos”

Max Verstappen e George Russell

George Russell pediu que a FIA permita que os pilotos de F1 sejam “tão autênticos quanto possível” enquanto o debate sobre palavrões continua.

O presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, está ansioso para ver uma redução nos palavrões dos pilotos, com novas regras sendo introduzidas para a temporada de 2025 que podem levar ao banimento ou à dedução de pontos de um piloto se infrações suficientes forem cometidas.

As conversas entre as partes envolvidas criaram uma espécie de compromisso rumo à abertura da temporada na Austrália, onde os pilotos que xingam no rádio quando estão na pista não serão punidos, mas qualquer xingamento em entrevistas à mídia ou coletivas de imprensa será.

Foi Max Verstappen na coletiva de imprensa antes do GP de Singapura que primeiro acendeu o debate sobre xingamentos, horas depois de Ben Sulayem ter sinalizado sua intenção de reprimir a linguagem chula.

Refletindo sobre a situação, o diretor da GPDA, Russell, acredita que a situação “saiu do controle”, mas concorda com o ponto básico apresentado pelo presidente da FIA. “As coisas saíram um pouco do controle nos últimos meses com algumas das coisas que estavam acontecendo”, disse Russell à BBC Sport.

“Não somos apenas pilotos de corrida, somos personalidades, e se você é um indivíduo que quer xingar o quanto quiser, isso tem um certo impacto em sua marca e sua percepção, independentemente do envolvimento da FIA”, comentou o piloto da Mercedes.

“Há momentos e lugares. Você tem que garantir que nossas emoções permaneçam reais e verdadeiras, especialmente quando se trata do rádio (no carro) e, potencialmente, de uma entrevista logo após a corrida. É isso que é tão puro sobre isso”, prosseguiu o britânico.

“Se você estiver falando em uma tarde de quinta-feira na frente de várias pessoas, talvez falar palavrão não seja realmente necessário ou obrigatório. Mas quando se trata dessa emoção crua, você precisa nos deixar ser o mais autênticos possível”, concluiu Russell.