Presidente da FIA insiste: Mais equipes e menos corridas na F1

Mohammed Ben Sulayem

O presidente da federação que governa a Fórmula 1 confirmou que discorda fundamentalmente dos detentores dos direitos comerciais da categoria.

Antes da abertura da temporada 2024 no Bahrain, grandes estrelas como Max Verstappen e Fernando Alonso criticaram a duração brutal do calendário de 24 corridas.

Ao ser questionado sobre isso pela Speed ​​Week no Salão Automóvel de Genebra, a resposta do presidente da FIA, Mohammed Ben Sulayem, foi reveladora.

“Eu sempre disse que estou convencido de que deveríamos ter mais equipes ao invés de mais corridas”, declarou ele.

É um ataque importante à Liberty Media, detentora dos direitos da F1, responsável não só pelos acordos comerciais com os promotores de corrida e pela elaboração do calendário, mas também por ter vetado a entrada da Andretti-Cadillac pelo menos até 2028.

A FIA já havia dado luz verde à candidatura da Andretti para se tornar a 11ª equipe da F1 em 2025, e o presidente da federação defendeu sua posição na quinta-feira.

“Nós examinamos a proposta em todos os detalhes e aprovamos”, explicou ele. “Mas somos responsáveis ​​apenas pelo lado esportivo, não pelo lado comercial”.

“Como dirigente esportivo, meu sonho é ter uma equipe americana na F1, e não apenas uma equipe e um piloto, mas também um fabricante”.

“Eles são importantes para todo o esporte. Assim como também daríamos boas-vindas a equipes e fabricantes da China”.

“Eu também realmente espero que a Audi esteja lá (em 2026) conforme anunciado e que a General Motors esteja lá em dois anos”.

Quando questionado sobre sua posição sobre o assunto como CEO da F1 representando a Liberty Media, Stefano Domenicali declarou que a introdução de uma 11ª equipe é um assunto “ligado ao Pacto de Concódia”.

“Este é um trabalho conjunto que deve ser realizado entre FIA e FOM no que diz respeito aos diferentes tipos de avaliação que devemos realizar”, disse ele à Auto Hebdo no Bahrain.

“Em relação ao que aconteceu (com a Andretti), acho que o processo foi respeitado e que apresentamos o resultado da maneira correta”, insistiu Domenicali.

“Para o futuro, trata-se sobretudo de uma questão de intercâmbio com as equipes e as propostas comerciais e técnicas que serão oportunamente discutidas durante este ano”.