Presidente da FIA fala sobre o calendário da F1

Mohammed Ben Sulayem

Mohammed Ben Sulayem, presidente da FIA, destacou as dificuldades impostas pela extensão do calendário da Fórmula 1.

O calendário tem sido uma questão controversa há algum tempo, com muitos na categoria argumentando que 24 etapas – agora também incluindo seis corridas curtas – é demais.

As equipes estão cada vez mais explorando soluções para diminuir as demandas sobre o pessoal e os pilotos têm se manifestado abertamente sobre o assunto.

O Pacto de Concórdia permite um máximo de 25 GPs por temporada e há uma demanda considerável por uma vaga no calendário, com a África do Sul pressionando para que a F1 retorne ao continente pela primeira vez em mais de 30 anos.

A Argentina também surgiu como pretendente após o sucesso inicial de Franco Colapinto, enquanto a Coreia do Sul também está visando um retorno. Contudo, estender o cronograma também representaria problemas logísticos para a FIA.

“Você cruza uma barreira onde precisa de duas equipes, não podemos ter”, disse Ben Sulayem à Autosport ao discutir o máximo atual de 25 provas. “Logisticamente, preciso ter duas equipes”.

“Os pilotos aguentam? Eu só quero saber. Vamos ser sensatos e lógicos sobre isso. Os pilotos aguentam física e mentalmente? Essa é uma pergunta que farei a eles. E as equipes?”

“Quanto à FIA, não podemos fazer isso com uma única equipe. Precisamos alternar duas quando se trata da equipe na pista”.

Ben Sulayem foi rápido em reconhecer que a F1 não está pressionando por mais, além de confirmar que ele também não atrapalharia se o campeonato quisesse se estender até o máximo definido pelo Pacto de Concórdia.

“Eles nunca disseram ‘precisamos de mais’. De jeito nenhum. O que eles buscam é qualidade e por isso temos esse bom relacionamento com eles”, explicou ele. “Eu não vou impedi-los de ir para 25 porque é direito deles, ok? Depende deles”.

“Mas são eles que não querem adicionar (mais GPs) porque sabem que isso se torna uma questão de fadiga. Portanto, eles têm suas próprias razões”.