Preocupado com Bianchi, mundo da F1 passa a noite em claro

Jules Bianchi

O mundo da Fórmula 1 passou uma noite em claro após o GP do Japão, preocupado com o gravemente ferido Jules Bianchi.

Depois que o francês passou por uma cirurgia no cérebro após sua colisão com um veículo de recuperação em Suzuka, relatos da mídia especializada alegaram que sua condição estava se estabilizando e que ele estava respirando sem ajuda de aparelhos.

O pai do piloto da Marussia, Philippe, declarou à televisão francesa: “Jules está em estado grave. Uma cirurgia de emergência foi realizada por causa de um hematoma em sua cabeça. Levará 24 horas para sabermos mais”.

Porém, a rádio francesa RMC relatou que a condição de Bianchi piorou depois da cirurgia de quatro horas, o que exigiu uma segunda operação no meio da noite a fim de parar a hemorragia. De acordo com o relato, Bianchi agora respira com ajuda de aparelhos.

Alex Wurz, ex-piloto de Fórmula 1 e recém-nomeado presidente da GPDA – associação dos pilotos orientadada para a segurança – disse à emissora austríaca OFR que tem informações limitadas a respeito da condição de Bianchi.

A Auto Motor und Sport da Alemanha alega que o impacto foi tão forte que fez o guindaste derrubar a Sauber de Adrian Sutil.

“Nós ouvimos que ele bateu no veículo de resgate e que o ‘santo antônio’ foi destruído”, disse Wurz. “Logo após a colisão, ele ainda estava consciente, mas então ficou inconsciente. Ele estava respirando sozinho o tempo todo e não foi necessário reanimá-lo. Não posso julgar se são boas ou más notícias porque não sou um especialista”.

Segundo Gary Hartstein, ex-médico da Fórmula 1, se for verdade que Bianchi está respirando sem ajuda de aparelhos, é “realmente uma super notícia”.

“O que é significativo na ausência de outras informações médicas específicas é que isso indica que os cirurgiões estão confiantes de que seu estado neurológico é suficientemente estável para lhe permitir esse ‘luxo'”, acrescentou Hartstein.

A mídia francesa relatou que a família de Bianchi pediu para que mais nenhuma informação oficial seja divulgada por enquanto.

Um neurocirurgião francês declarou ao diário L’Equipe: “É impossível fazer um diagnóstico no momento. É cedo demais. Nos próximos dias, haverá um processo de monitoração a fim de fazer uma previsão confiável”.