Marchionne: Montezemolo como chefe do Grupo da F1 seria “injusto”

Sergio Marchionne

A Ferrari negou ter vetado a nomeação de Luca di Montezemolo como novo presidente do Grupo da Fórmula 1.

“No Grupo da Fórmula 1, há apenas um presidente, e ele é (Bernie) Ecclestone”, declarou Sergio Marchionne, que assumiu a presidência da Ferrari após a demissão de Montezemolo. “A Ferrari só pode se opor a essa nomeação”.

“Quanto a Montezemolo, houve a proposta, mas se a Ferrari fosse contra, seria apenas por razões de conveniência para com nossos competidores, já que ele comandou a Ferrari por 23 anos”, explicou Marchionne.

“Foi uma questão de justiça. Seria como se eu fosse ser presidente da Volkswagen. Eu também teria sido contra a nomeação de Jean Todt para a FIA pelas mesmas razões. Essa escolha não teve consequências, mas não significa que foi correta. Eu teria sido contra por princípios”.

Sobre Montezemolo, Marchionne comentou: “Ele fez um ótimo trabalho e eu o respeito muito. Porém, o mundo mudou, assim como terá mudado quando for minha hora de sair”.

Marchionne também foi questionado na segunda-feira sobre as sugestões de que a fórmula do V6 turbo poderá ser totalmente abandonada para 2016.

“Isso é difícil, pois precisa ser decidido até março e os custos seriam altos”, respondeu ele. “Vamos manter estas unidades de potência, como creio que elas são chamadas, tentando extrair cada vez mais potência delas”.