Luca de Meo: Alpine não está sendo “embalada” para venda

terça-feira, 25 de fevereiro de 2025 às 9:38

Alpine A525

Luca de Meo, CEO da Renault, negou mais uma vez que a montadora francesa esteja se preparando para se desfazer de sua equipe de Fórmula 1.

Enquanto o consultor Flavio Briatore insiste que está tentando levar a equipe baseada em Enstone de volta ao topo da F1, outros veem a recente reestruturação financeira e o fim das unidades de potência de fábrica como um sinal claro de que a Alpine está sendo “embalada” para venda.

“A imprensa sempre me pergunta se queremos vender, mas nunca quisemos”, disse de Meo, presente com Briatore na revelação do carro de 2025, ao jornal AS.

Várias publicações especializadas estão alegando que a Alpine “reciclou” seu chassi de 2024 para a nova temporada, com mudanças mínimas na aerodinâmica ou na carenagem.

Porém, de Meo diz que a Alpine está determinada a melhorar este ano e entrar na nova era do regulamento a partir de 2026 com uma base sólida para o sucesso.

“Quero que funcione, também do lado financeiro, e é por isso que fizemos mudanças como separar a unidade de potência”, disse ele, referindo-se à troca para motores Mercedes no próximo ano.

“Agora os números são aceitáveis ​​para a Renault e não temos um problema financeiro, como tínhamos há quatro anos. Naquela época, perdíamos 40 milhões por dia e eu precisava encontrar uma maneira de justificar a F1”.

“Fizemos isso com a Alpine para desenvolver uma nova linha de carros, mas agora meu trabalho é diferente – tenho de reunir as pessoas certas para melhorar”.

De Meo diz que se a equipe Alpine dá lucro no final de cada ano ou não é quase irrelevante.

“Se você calcular o valor da marca Alpine em comparação a quatro anos atrás, ele triplicou. A F1 é um grande impulso para posicionar uma marca e tem sido um grande investimento, sem dúvida”.

Quanto ao lucro ou prejuízo real da equipe a cada temporada, de Meo continuou: “Depende dos benefícios, porque parte do resultado financeiro está na premiação em dinheiro”.

“Mas não é improvável que façamos isso funcionar, e mesmo que você tenha alguma perda, sempre pode assumir como um investimento de marketing”.

Dessa forma, ele até sugere que vencer na F1 não é obrigatório para marcas como Renault ou Alpine.

“Você só precisa estar lá. Este é o auge do automobilismo e você precisa competir com Aston Martin, Ferrari, Mercedes, assim como os outros nomes. É o melhor para nós”.

De Meo também apoia totalmente a mudança da F1 de se afastar dos fãs “hardcore” em busca de um público mais jovem e popular.

“Uma marca que não fala com os jovens estará morta em 20 anos porque um dia eles serão seus clientes”.

“Gosto que a F1 tenha um público mais jovem e vá além do nicho de entusiastas de carros. Isso torna o negócio muito mais interessante, você alcança mais pessoas e é bom para o esporte”.

 

LS - www.autoracing.com.br

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