Hamilton: F1 não deve se afastar das “pessoas comuns”

Lewis Hamilton

Lewis Hamilton insiste que a Fórmula 1 não deve escapar do alcance das pessoas comuns em meio ao seu recente aumento de popularidade.

Durante o período de propriedade da Liberty Media e impulsionada pela série documental Drive to Survive, a F1 experimentou um fluxo significativo de novo suporte e audiência.

A categoria também continua crescendo em novos mercados, incluindo os Estados Unidos, e atraindo cada vez mais a atenção dos ricos e famosos.

Embora a F1 esteja se expandido a partir de suas bases europeias há mais de duas décadas, incursões recentes em destinos não tradicionais são vistas como eventos exclusivos e marcantes, como as etapas de Miami e Las Vegas, que foram adicionadas ao calendário.

Entretanto, essas corridas mais novas foram consideradas por muitos como inacessíveis e caras demais para “pessoas normais”, algo de que Hamilton está profundamente ciente.

“Ter mais atenção na categoria não é algo ruim”, declarou ele à mídia. “Eu diria que as corridas são como algumas das provas europeias, por exemplo, onde as pessoas vêm, é menos centrado em celebridades”.

“Ainda há muitas celebridades que aparecem no grid, mas acho que sempre precisamos garantir que seja acessível e não tão fora do alcance das pessoas que também trabalham muito para ganhar dinheiro, mas talvez não tenham condições de ir a um fim de semana de corrida”.

Hamilton também abordou a diversidade e a inclusão, destacando a necessidade de continuar abrindo mais a F1 para pessoas e particularmente crianças de todas as origens.

O piloto da Ferrari tem sido um defensor ferrenho da justiça social e das mudanças, tanto dentro quanto fora do paddock da F1.

Tendo estabelecido programas como a Comissão Hamilton em parceria com a Royal Academy of Engineering do Reino Unido e a Mission 44, o heptacampeão mundial está bem posicionado para expressar suas opiniões.

“Acho ótimo que este esporte esteja começando a trabalhar em D&I (diversidade e inclusão), garantindo acesso às crianças, mostrando a elas que não importa de onde você é, elas têm lugar aqui”, disse ele.

“Temos muito trabalho a fazer para garantir que o local seja mais inclusivo e que as pessoas se sintam confortáveis ​​no ambiente. Assim, aqueles que forem contratados poderão realmente se sustentar e manter seus empregos”.