F1 – Veja a telemetria real da Ferrari na Hungria
sexta-feira, 8 de agosto de 2014 às 1:16
Alonso e Massa - Ferrari - Hungria 2013
O GP da Hungria deste ano já passou, mas a Ferrari deu alguns insights extras das exigências do complicado circuito de 4.3 km de Hungaroring.
Estas duas imagens abaixo revelam os dados-chaves por trás de uma volta do circuito em um carro de F1 pré-2014. A primeira mostra um único carro na pista, e a segunda inclui uma sobreposição dos mesmos dados para um segundo carro, que é usado pelos pilotos para ver onde eles podem estar perdendo ou ganhando tempo em relação ao seu companheiro de equipe.
A maioria das informações no gráfico é autoexplicativa: em qual marcha o piloto se encontra, quanto do ângulo da direção eles estão usando, uso do DRS, KERS e sua recarga (que a partir deste ano não está mais sob o controle direto do piloto), o quanto eles estão acelerando e freando, e qual a velocidade do carro.
O gráfico também mostra informações relevantes de outros sensores, incluindo a velocidade do vento e a altura do assoalho – ou seja, o quão perto o carro está do asfalto – além da célula de carga, que é usada para entender o posicionamento do carro para tirar novas comparações entre os dois pilotos.
O rastreio do pedal do acelerador mostra duas linhas – uma para o imput do piloto e uma para o imput do carro. Por exemplo, quando o piloto tira o pé do acelerador completamente pela primeira vez, o carro continua a piscar para impedir que o motor apague.
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A Ferrari não identificou qual piloto corresponde a cada linha do segundo gráfico, ou deu qualquer informação sobre as condições dos carros durante as voltas. No entanto o engenheiro de dados, Giuliano Salve, forneceu algumas dicas sobre como os tempos de volta dos pilotos são comparados usando a telemetria:
“As linhas do piloto azul e do piloto vermelho mostram diferenças mínimas durante uma volta, produzindo gráficos quase idênticos, mas se olharmos mais fundo nas linhas do acelerador, freio e velocidade, você vai detectar diferenças interessantes.”
“Olhando para a primeira parte da linha de velocidade e freio, pode-se ver que o piloto vermelho freia mais forte, mas volta mais rápido para o acelerador, assim que ele passa o ápice da curva. Por outro lado, o piloto azul tem um estilo mais suave, freia ligeiramente mais cedo, mas com menos força, o que resulta em menos perda de velocidade durante a frenagem.”
“Na verdade, no gráfico do acelerador e do freio, há uma linha extra, uma comparação entre o tempo de volta de ambos os pilotos. Os engenheiros comparam continuamente os esforços de ambos os pilotos para tentar obter o melhor resultado possível.”
“É tudo uma questão de milésimos de segundo, mas é assim que se melhora, fechando as lacunas que podem até ser medidas em segundos e ajudam um piloto a chegar ao topo.”
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Este mesmo comparativo de tempo de volta foi o que Lewis Hamilton estava tão ansioso para compartilhar com o mundo em Spa-Francorchamps em 2012.
Seu companheiro de equipe na época, Jenson Button, tinha usado uma asa traseira de baixo downforce em sua McLaren e conquistado a pole position. Hamilton tinha usado uma asa de alto downforce, e como resultado havia perdido muito tempo nas retas, o que foi destacado na folha de telemetria que ele postou no Twitter, e tirou logo depois a pedido da McLaren.
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