F1 – Szafnauer diz que Ferrari precisa evitar o caos
quarta-feira, 18 de outubro de 2017 às 18:45
Otmar Szafnauer
A Ferrari corre o risco de abrir a porta do “caos” se mexer demais em sua organização em resposta às falhas que aconteceram recentemente, afirmou um membro da Force India.
As últimas três corridas foram um desastre para a Ferrari, com Sebastian Vettel caindo 59 pontos atrás de Lewis Hamilton na classificação dos pilotos após um acidente em Cingapura e problemas de motores na Malásia e no Japão.
O chefe de operações da Force India, *Otmar Szafnauer, que também tem experiência de trabalho em fabricantes de motor para a F1, disse que o que a Ferrari precisa fazer é comprometer-se com os sistemas e as pessoas que tem no momento.
“O que você tem a fazer é repassar os procedimentos que você tem e apenas segui-los”, disse Szafnauer, quando perguntado pela revista Autosport sobre como ele reagiria na situação da Ferrari.
“Se isso acontecer aqui na Force India, e nós tivermos um problema e não terminarmos a corrida, você coloca na lista de falhas, você revela o que aconteceu.”
“Então, o engenheiro responsável irá dizer-lhe qual foi a raiz da causa, como vamos consertá-la e como vamos nos certificar de que isso não aconteça novamente.”
“O que você não pode fazer é começar a mudar os processos que sempre trabalharam para você, porque então torna-se um caos.”
“Se o processo não funcionar, então você deve dar meio passo atrás para ter uma visão retrospectiva e dizer: vamos corrigir o processo e segui-lo”.
Szafnauer sugere que ter fé nos sistemas é ainda mais importante quando as equipes são tão grandes quanto a Ferrari.
“Quando a equipe é grande e a equipe deles [Ferrari] é muito maior do que a nossa, é quando você mais precisa fazer os procedimentos corretamente”, disse ele.
“Então, se todos seguirem e acharem a raiz da causa, então você pode corrigi-la, testá-la e se certificar que isso não ocorra novamente.”
“Se você fizer isso sempre, então você sai na outra extremidade. Isso é o que eu faria.”
“Geralmente, quanto maior a equipe, mais você precisa disso”.
Falando sobre o quão difícil é para as equipes manterem uma abordagem de alto nível quando enfrentam situações como a Ferrari tem agora, Szafnauer disse: “Isso também é um pouco cultural. Tudo depende de quem você é, e quem não é.”
“Mas se você tem procedimentos rígidos que todos sabem que devem seguir, e você está feliz por terem sido estabelecidos ao longo do tempo, então mesmo com ‘emoção’ você pode superar isso”.
*Otmar Szafnauer é romeno, filho de um norte-americano de ascendência alemã com uma romena, mas se mudou para Detroit, quando tinha sete anos de idade. Ele é formando em engenharia elétrica pela Wayne State University em Detroit e começou no automobilismo em 1991 na Formula Ford. Na F1 ele começou na equipe BAR em 1998. Ele também já foi foi vice-presidente da Honda Racing Developments e membro do Conselho de Administração da Honda Racing F1 Team.
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