F1 – Ross Brawn determinado a diminuir a diferença entre as equipes

Ross Brawn

O diretor de automobilismo da Liberty para a Formula 1, Ross Brawn, acredita que o GP da Hungria exibiu o “abismo profundo” que a F1 se encontra entre as equipes.

Apesar do fato de Lewis Hamilton e Max Verstappen terem disputado boa parte da corrida na frente do grid, os dois ainda puseram uma volta em Carlos Sainz, que terminou a corrida em P5.

A Ferrari também se esforçou para manter o ritmo, com Sebastian Vettel cruzando a linha um minuto atrás dos dois primeiros para chegar ao último lugar no pódio.

“A diferença entre a Ferrari e a Mercedes foi enorme, mas e o resto do grid?” Brawn escreveu em sua coluna pós-corrida.

“Carlos Sainz terminou em P5 e junto com o novato Lando Norris, a McLaren agora está apostando firmemente em ser a quarta melhor equipe.”

“Mas seus dois pilotos tomaram volta do vencedor. Quatro pilotos de quatro equipes diferentes tomaram 2 voltas e outro piloto na verdade tomou 3 voltas.”

“Com Hamilton e Verstappen lutando a corrida inteira, o ritmo na frente foi surpreendente desde a primeira até a última volta, já que era a única maneira de vencer. No entanto, isso demonstrou o vasto abismo na performance entre as três primeiras equipes e o resto.”

Reduzir a diferença para 2021, uma meta “ambiciosa”
A FIA está atualmente trabalhando para finalizar as regras de 2021, que visam aproximar o grid, o que Brawn admite ser uma tarefa “ambiciosa”.

“Eu tenho dito isso com muita frequência, mas essa diferença deve ser reduzida. Continua sendo um dos nossos principais objetivos para o futuro, pois, ao lado da FIA, continuamos a trabalhar nos regulamentos de 2021.”

“É um objetivo ambicioso, e isso não acontecerá da noite para o dia, pois não temos uma varinha mágica, mas tem que ser nossa ambição central, alcançada através das três principais áreas das regras: técnica, esportiva e financeira.”

“É um tema chave para o futuro deste esporte e acho que estamos todos de acordo sobre isso, começando com os fãs, que devemos ouvir, porque, no final do dia, eles são o nosso bem mais importante”.