F1 – Resumão dos três primeiros dias da pré-temporada 2020

Pilotos F1 2020

Os tempos mais rápidos com mais voltas. E talvez já seja a inovação do ano. A primeira semana de testes poderia realmente ter sido muito melhor para a Mercedes?

O detalhe por trás das manchetes é o que realmente importa na pré-temporada – e as primeiras performances de 2020 se tornarão muito mais claras no Teste Dois, que são os três dias de testes da semana que vem.

No entanto, a evidência inicial de Barcelona é que os campeões mundiais da F1 permanecem tão rápidos e significativamente implacáveis ​​como sempre.

O que é óbvio é que seis títulos consecutivos no campeonato não restringiram o talento criativo da equipe, como evidenciado pelo inovador desenho da suspensão traseira do W11 ou pelo sistema de direção de eixo duplo (DAS), que provou ser o ponto principal do Teste Um.

O DAS já foi banido para 2021. As razões? Hum…

E o carro mais inovador também foi o mais rápido em Barcelona, seja em stints curtos ou longos.

Mas ainda não acabou.

Nessa mesma época no ano passado a Ferrari estava sendo aplaudida, apenas para a Mercedes se aproximar no Teste Dois – e depois bater a Scuderia em Melbourne. Portanto, embora obviamente satisfeitos com o progresso inicial do W11, não é surpresa saber que a Mercedes ainda não está se empolgando muito.

“Foi uma boa primeira semana, o carro foi amplamente confiável e o desempenho foi razoavelmente bom ao longo da semana”, disse o diretor técnico James Allison. “É claro que há muitas coisas para trabalhar e tentaremos fazer isso na segunda semana. Mas é realmente uma boa base”.

Valtteri Bottas, que marcou a volta mais rápida da primeira semana, disse que o W11 proporcionou uma “sensação boa”, enquanto o campeão mundial Lewis Hamilton a descreveu como uma “primeira semana sólida”.

Mas já a uma curta distância do recorde absoluto de voltas de Barcelona, ​​quanto mais rápida a Mercedes pode ser na segunda semana?

Mas quão longe está a Red Bull?
A tabela de tempos não reflete isso necessariamente, mas a Red Bull provavelmente teve o melhor começo para os testes de inverno da era híbrida nesta semana. E a Honda certamente também.

O segundo ano desta parceria, que fez grandes avanços em 2019, promete mais melhorias em 2020 e a Honda, com problemas de motor em anos anteriores nos testes, garantiu que a Red Bull terminasse logo atrás da Mercedes em termos de quilometragem em Barcelona – que foi o foco principal da equipe, procurando a plataforma certa para um assalto ao título.

“Não se tratava de tempos de volta”, insistiu Verstappen, que terminou com o nono melhor tempo dos três dias.

As voltas mais rápidas dos testes de inverno por equipe

Apesar do foco em stints longos, as equipes ainda podem observar a ordem hierárquica por meio de dados e o paddock parece concordar que a Red Bull teria sido a principal rival da Mercedes se tivesse feito voltas voadoras nesta semana.

“Acho que até agora estamos muito satisfeitos com o que fizemos”, acrescentou Verstappen. “Boa quantidade de voltas, tudo está correndo muito bem e é exatamente isso que queríamos, então está indo bem.”

Visto como um potencial rival de Hamilton, Verstappen não revelou nada em termos de confiança em bater a Mercedes, mas é claro que a Red Bull sabe que eles têm um pacote forte.

“Agora é uma corrida de desenvolvimento a partir de agora até Abu Dhabi”, disse o chefe da equipe, Christian Horner. Ser forte o suficiente para tanto, é outra questão inteiramente diferente.

A Racing Point de aparência Mercedes W10 ameaça um terreno desconhecido?
Se o novo Mercedes chamou a atenção por sua inovação, o novo Racing Point ganhou as manchetes por motivos de familiaridade, ou seja, a semelhança do RP20 todo rosa com o W10 vencedor do título do ano passado.

A Racing Point admitiu prontamente que se inspirou no conceito testado e confiável dos campeões mundiais, e deseja retornar à liderança do segundo pelotão este ano – principalmente quando você considera que eles já usam o motor e a caixa de câmbio da Mercedes.

Tendo decidido se afastar de aspectos de sua filosofia anterior de desenho que “nos assombraram por muitos anos”, o diretor técnico Andrew Green explicou: “Nós destruímos tudo o que sabíamos sobre um carro de alto desempenho e a filosofia que estávamos executando no últimos anos e começamos novamente.”

“É um grande risco – é um risco enorme. Não apenas pegar o conceito de alguém, mas entendê-lo e desenvolvê-lo é um risco enorme. Mas tenho muita fé na equipe”.

E ele foi claro ao apontar: “O que você vê é o que as pessoas tiraram ao ver fotos da Mercedes. O mesmo que qualquer outra pessoa poderia ter feito, e eu acho que fizemos um bom trabalho”.

P7 ano passado, P4 desta semana, qual o passo que a Racing Point está prestes a dar?

Ferrari não é um amassador de Mercedes, ainda
A Ferrari pode não ter se concentrado no desempenho nesta semana – uma afirmação apoiada nas tabelas de tempos ao terminar apenas como a oitava mais rápida – mas a Scuderia já admitiu que ficou atrás da Mercedes e da Red Bull nesse início de 2020.

“Os outros são mais rápidos que nós no momento”, disse o chefe da Ferrari, Mattia Binotto. “Quão mais rápido eu não sei ainda.”

“Temos preocupações? Certamente, sim – quando você não é tão rápido quanto gostaria de ser.”

Foi uma avaliação honesta e preocupante para os fãs da equipe de maior sucesso da F1 que, depois de 13 anos sem título, estão desesperados para voltar ao topo. A trama deles para fazer isso este ano é jogar o jogo longo e se concentrar no desenvolvimento de seu carro “muito diferente”.

“Acho que a Ferrari será melhor quando você considerar a temporada inteira, mas será que já será na Austrália? Talvez não”, explicou Binotto. “Eu vi certamente que a Mercedes e a Red Bull são muito rápidas nesses primeiros dias”.

Ele acrescentou: “O que será importante agora é desenvolver o carro na direção certa. É uma temporada muito longa, com 22 corridas potencialmente, então acho que haverá tempo para se recuperar eventualmente”.

Nem Charles Leclerc e nem Sebastian Vettel pareciam particularmente entusiasmados com o desempenho Vermelho – especialmente em comparação com o ano passado, quando eles foram o que a Mercedes foi nessa primeira semana. Vettel disse pelo menos que o novo carro tinha mais downforce como pretendido.

“Se é o suficiente, vamos ver”, disse ele. “Mas é definitivamente um avanço em relação ao ano passado. Acho que é melhor em alguns lugares, em outros lugares, acho que há algumas semelhanças.”

Início da McLaren num segundo pelotão muito competitivo
Sem os problemas de confiabilidade que afetaram alguns de seus invernos no passado, a McLaren classificou o teste como “não muito longe de nota 10”. Outra equipe que não fez tempos impressionantes, a McLaren optou por quilometragem e consistência – e ficou claramente encantada com a semana deles.

“Foi ótimo ver que podíamos fazer muitas voltas, a confiabilidade é ótima e acho que é de longe o melhor começo para a McLaren em uma campanha de testes de inverno há muitos, muitos anos”, anunciou o chefe da equipe, Andreas Seidl.

A confiança interior parece afastar-se parcialmente do fato de terem um carro que eles acreditam poder desenvolver muito ao longo da temporada – comprovado no terceiro dia, quando o MCL35 foi equipado com uma nova asa dianteira.

Voltas completadas por cada equipe

Mas a McLaren também teme que sua batalha no segundo pelotão tenha se tornado um pouco mais difícil em 2020. Carlos Sainz disse que o carro foi um “passo à frente”, mas que “todo mundo é muito rápido – então todos devem ter feito muito progresso”.

A Racing Point e a Alpha Tauri, em particular, se destacaram, enquanto a Alfa Romeo e a Renault estabeleceram os tempos das manchetes. No outro extremo do espectro, a Haas não mostrou muito.

Enquanto isso, Williams, horrível em 2019, acredita que pode voltar a “competir” nesta temporada depois de banir os demônios dos testes no ano passado com uma semana encorajadora – iniciada por George Russell no primeiro dia. Uma demonstração de força.

“Queremos participar de corridas e lutar realisticamente para entrar no Q2 e depois lutar por uma posição na corrida que traga nosso orgulho de volta”, disse a vice-diretora da equipe Claire Williams.

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