F1 – Resumão da pré-temporada de 2020
sexta-feira, 28 de fevereiro de 2020 às 20:02
Mercedes – Pré-temporada 2020 – dia 6
A Mercedes é rápida, favorita, mas não é infalível. Assim, a Mercedes encerra a pré-temporada de 2020, onde terminou a última corrida de 2019, no topo.
O novo W11 mostrou logo a que veio – tão logo que a volta de 1:15.732 do dia 3 de testes permaneceu uma referência invicta na segunda semana – e forneceu a maior inovação do inverno com o Duplo Eixo de Direção, o ‘DED’.
Juntamente com a realização de mais voltas e as primeiras impressões favoráveis dos pilotos, todos os sinais apontam para a Mercedes como a óbvia favorita para a primeira corrida.
Isso não quer dizer que eles não possam ser desafiados em Melbourne e nem significa que eles definitivamente triunfarão lá. Mas as impressões positivas iniciais sobre o carro foram duplamente confirmadas na segunda semana.
“É melhor que o carro do ano passado, mas tenho certeza que é o mesmo para todos”, comentou Hamilton hoje. “É uma evolução do carro do ano passado, como todo mundo é, então todos nós geralmente devemos ter mais downforce”.
O seis vezes campeão acrescentou: “Nosso desempenho tem sido bom em termos da quantidade de voltas que temos, da quilometragem – além de ontem”.
Essa observação final referia-se à anomalia da pressão do óleo no penúltimo dia que forçou a Mercedes parar por precaução da UP durante a passagem de Hamilton pelo carro. Também não foi a única falha relacionada ao motor que atingiu os campeões mundiais, nem a cliente Williams, durante os testes, com as unidades de potência enviadas de volta a Brixworth, no Reino Unido, para avaliação.
“É uma preocupação? Sim, com certeza”, admitiu Hamilton. “Normalmente, nos testes de pré-temporada, temos muito mais confiança na confiabilidade, por isso não foi perfeito. Já estamos em nosso segundo ou terceiro motor.”
“Definitivamente, não é um cenário fácil ou descontraído para nós, mas tenho toda a confiança dos funcionários da fábrica para analisar e fazer o melhor possível nas próximas duas semanas para tentar garantir que comecemos novamente com o pé direito.”
Voltas por equipe:
Equipe | Voltas |
Mercedes | 903 |
Ferrari | 844 |
McLaren | 804 |
Racing Point | 782 |
Red Bull | 780 |
AlphaTauri | 770 |
Renault | 743 |
Williams | 737 |
Alfa Romeo | 735 |
Haas | 649 |
Obviamente a quilometragem diz muito nos testes – e, mais uma vez, ninguém fez mais voltas que a Mercedes nesta pré-temporada – mas também é sobre pressionar novos sistemas para encontrar possíveis pontos fracos e áreas de melhoria antes que surtos de falta de confiabilidade aconteçam nas corridas.
O calcanhar de Aquiles da Mercedes hoje é justamente a “peça” que a levou a ganhar no mínimo os três primeiros títulos da era híbrida da F1, o motor, no caso a unidade de potência. A confiabilidade de sua UP nunca esteve tão baixa desde 2014.
E por isso ainda há muitas conjecturas sobre o tamanho de qualquer vantagem da Mercedes no início da temporada.
Onde estão Red Bull e Ferrari na luta?
Os rivais habituais da Mercedes foram notáveis por sua ausência no topo das tabelas de tempos durante muitos testes antes de demonstrações mais significativas de velocidade nas horas finais da pré-temporada.
A Red Bull terminou com o segundo tempo mais rápido no quadro de tempos combinados de uma volta, com a Ferrari em quarto, mesmo que ainda estivessem a alguma distância do melhor tempo da Mercedes no dia 3.
As voltas mais rápidas dos testes de inverno por equipe:
Equipe | Piloto | Dia do teste | Pneu | Tempo |
Mercedes | Valtteri Bottas | Dia três | C5 (o mais macio) | 1:15.732 |
Red Bull | Max Verstappen | Dia seis | C4 (2º mais macio) | 1:16.269 |
Renault | Daniel Ricciardo | Dia seis | C5 (o mais macio) | 1:16.276 |
Ferrari | Charles Leclerc | Dia seis | C5 (o mais macio) | 1:16.360 |
Racing Point | Sergio Perez | Dia seis | C3 (3º mais macio) | 1:16.658 |
McLaren | Carlos Sainz | Dia seis | C4 (2º mais macio) | 1:16.820 |
Williams | George Russell | Dia seis | C5 (o mais macio) | 1:16.871 |
AlphaTauri | Daniil Kvyat | Dia seis | C4 (2º mais macio) | 1:16.914 |
Alfa Romeo | Robert Kubica | Dia quatro | C5 (o mais macio) | 1:16.942 |
Haas | Romain Grosjean | Dia seis | C4 (2º mais macio) | 1:17.037 |
Até o último dia, havia muito pessimismo da Ferrari sobre sua posição na hierarquia inicial, com a equipe inflexível com suas mensagens para a mídia: “Não somos rápidos o suficiente para desafiar em Melbourne. E não estamos se sacanagem”.
Mattia Binotto até insistiu que a Racing Point estava “certamente muito próxima” dos Vermelhos.
Mas sexta-feira ofereceu o incentivo necessário para os fãs da equipe mais famosa da F1. Finalmente, frente a frente com a Mercedes nos mesmos pneus e nas mesmas condições – embora não saibamos as cargas de combustível – a Ferrari combinou bem, terminando dois décimos atrás. Enquanto os gráficos de velocidade também mostram que eles estão, junto com a Mercedes, muito abaixo do esperado – sugerindo que eles estão escondendo potência.
Mas são os stints longos que geralmente mostram uma imagem mais verdadeira e a simulação de corrida de Charles Leclerc chamou a atenção por sua velocidade e consistência na tarde final.
Então, o que dizer da Red Bull?
Muitas dicas dos especialistas antes da pré-temporada apontaram os Touros como os mais fortes desafiantes da Mercedes este ano, o RB16 certamente andou de maneira bastante confiável durante os testes e, até o momento, terminou muito forte no cronômetro.
Apesar de um número extraordinariamente alto de rodadas – que ele disse ser culpa dele e não do carro – Verstappen também pareceu silenciosamente contente com o desempenho dos testes, tanto com o holandês como com Alex Albon descrevendo o carro como um passo à frente.
É importante lembrar que quase todas as rodadas e escapadas de Verstappen foram bem suspeitas, para dizer o mínimo. No último dia de testes, hoje, várias vezes Verstappen fez fácil o melhor setor 1 para “errar” depois em alguns pontos muito específicos da pista.
Mas quanto disso foi teatro e quanto verdade, só saberemos realmente em Melbourne.
E a ameaça da Racing Point?
É sempre difícil prever o segundo pelotão nos testes. Mas o que é extremamente encorajador para o Racing Point, que terminou em sétimo no ano passado, é que ninguém nega que ela começa a temporada como líder nesse grupo.
E alguns até os têm à frente da Ferrari.
“É difícil acreditar”, disse o chefe da equipe, Otmar Szafnauer, sobre essa noção. “A Ferrari foi muito competitiva e venceu corridas no ano passado. Acho que se formos P4, teremos feito um bom trabalho.”
Mas o fato de haver até uma discussão sobre isso mostra qual o nível de progresso que a Racing Point fez.
O debate ainda pode rondar o carro deles – o chefe da McLaren, Zak Brown, acendeu o fogo esta semana dizendo que se refere a seus rivais no meio-campo como ‘Copy Point’ – mas como Ted Kravitz apontou: “Há várias diferenças para o W10 da Mercedes do ano passado.”
O que está claro é que a Racing Point é uma ameaça real para a Austrália, com os pilotos Sergio Perez e Lance Stroll lambendo os beiços com a perspectiva de ter um pacote para desafiar pódios. E há mais por vir.
“Temos um pacote razoável para colocar em Melbourne”, acrescentou o diretor técnico Andrew Green. “Nós apenas começamos.”
Mas também houve um incentivo consistente para a McLaren e, eventualmente, a Renault, para sugerir que a batalha para ser a mais próxima das três grandes será mais acirrada e mais apertada do que nunca.
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