F1 – Renault vai introduzir novo ERS em 2017
domingo, 15 de janeiro de 2017 às 10:02
Cyril Abiteboul
A Renault vai introduzir um sistema de recuperação de energia de segunda geração este ano como parte de uma revisão radical de sua unidade de potência na Fórmula 1.
A fabricante francesa vem trabalhando em um redesenho completo para 2017, acreditando que o motor que usou nos últimos três anos atingiu o fim de seu potencial de desenvolvimento após um desastroso início da era turbo-híbrida em 2014.
Falando seis semanas antes de se apresentar pela primeira vez no teste pré-temporada, o diretor Cyril Abiteboul ofereceu alguns detalhes sobre o que estava por vir para a temporada seguinte. “Este ano queremos confirmar a reviravolta da situação no motor”, disse ele no Autosport International.
“O ano passado foi realmente fantástico, e temos que confirmar isso. Vamos ter uma arquitetura totalmente nova no motor de combustão interna, e também estamos introduzindo pela primeira vez a segunda geração do sistema de recuperação de energia”, explicou o dirigente.
Além de fornecer para sua equipe de fábrica neste ano, a Renault também tem acordos de clientes com Red Bull e Toro Rosso. Embora o desempenho de seu ERS não tenha comprometido recentemente, Abiteboul ainda acha que há uma abundância de ganhos que podem ser encontrados.
“Há muitos aspectos colaterais a se considerar – como peso, embalagem, requisitos de refrigeração, mais a intensidade da corrente que você pode usar em certas condições, em particular as condições climáticas. Há certas coisas que parecem secundárias, mas na F1 nada é secundário”, apontou ele.
“Uma vez que você alcançou o topo – uma MGU pode entregar 120KW – você ainda precisa pensar sobre esses elementos extras se você quiser fazer o seu caminho e chegar ao topo como uma equipe”, prosseguiu Abiteboul.
As mudanças no ERS da Renault vêm no contexto de um relacionamento mais próximo com a marca irmã Infiniti, que patrocinava a Red Bull e agora coloca seus engenheiros em um negócio de transferência de tecnologia. “Francamente, é o início do nosso relacionamento”, acrescentou Abiteboul.
“No ano passado foi feito um pouco em uma corrida até certo ponto, embora a Infiniti já estivesse preparada, porque alguma coisa foi apenas uma transferência do que existia entre a Red Bull e a Renault Sport”, lembrou.
“Mas para o resto estamos construindo blocos – blocos que espero sejam bases saudáveis para o futuro e os próximos cinco a 10 anos, que é a extensão de tempo que temos para pensar em qualquer envolvimento na F1”, concluiu o dirigente da Renault.
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