F1 – Red Bull: Renault deveria ter se concentrado em uma equipe

Red Bull e Lotus

A Red Bull avalia que a Renault, sua fornecedora de motor, cometeu um erro ao não concentrar o desenvolvimento de sua unidade de 2014 ao redor de um único carro.

Ao ser questionado se a Renault se preocupou demais com suas clientes em detrimento da Red Bull, sua parceira de fábrica, o chefe Christian Horner disse: “Esse pode ser um elemento, porque você nunca conseguirá deixar todos satisfeitos”.

“Quando você olha o motor que a Ferrari construiu, as equipe clientes tiveram de adaptar seus carros. O mesmo vale para a Mercedes, enquanto a Renault tentou manter todos os seus clientes felizes, o que é algo admirável, mas não a melhor maneira de ser competitivo”.

Horner revelou que a Red Bull começou a se preocupar com a preparação da Renault para este ano já no final de 2012, quando Sebastian Vettel conquistou seu terceiro título mundial consecutivo com o motor Renault V8.

“Nós levantamos nossas preocupações com a direção do projeto no final de 2012. Mas projetar e construir motores não é nossa competência principal – nem deveria ser – somos uma fabricante de chassi. E creio que nenhum de nós poderia ter previsto que a Renault ficaria tão atrás”.

O foco da Renault pode se transferir naturalmente para a Red Bull na próxima temporada por causa da possibilidade de Lotus e Caterham trocarem de fornecedora, e Horner disse que a Red Bull continua comprometida a ajudar na melhoria da Renault.

“Tivemos algumas discussões com a Renault e eles aceitaram totalmente que não deveriam estar nesta situação”, acrescentou Horner. “Tudo o que podemos fazer é tentar ajudá-los a melhorar as coisas com os recursos que temos. Obviamente, o problema que temos dentro do regulamento atual é a dificuldade de fazer alterações significativas”.

“Acho que o combustível será uma área chave do desenvolvimento – a Total tem algumas coisas que parecem encorajadoras, mas a Renault está apenas começando a chegar onde a Mercedes estava há seis meses. Nós precisamos usar a engenharia para sair da situação em que estamos, e isso é fundamentalmente ajudar a Renault a extrair mais da unidade de potência”.