F1 – “Rake” não é a chave para o salto da Red Bull

Red Bull

McLaren, Alpine e Alfa Romeo minimizaram a noção de que as mudanças nas regras aerodinâmicas de 2021 beneficiaram diretamente a Red Bull e outras equipes.

O argumento é que a Fórmula 1 e a FIA implementaram as alterações para prejudicar desproporcionalmente a equipe mais dominante com o conceito de menor rake – a Mercedes.

“Está claro que equipes como a nossa foram mais afetadas pelas novas regras”, declarou Otmar Szafnauer, chefe da Aston Martin, à Auto Motor und Sport.

Porém, James Key, diretor técnico da McLaren, diz que é simplista demais afirmar que as equipes com mais rake – lideradas pela Red Bull – ganharam vantagem com o novo regulamento.

“Se o ângulo de rake tem alguma influência, ela é pequena”, comentou ele. “Todos nós começamos nosso desenvolvimento para 2021 com carros um segundo mais lentos do que no ano passado. O que mais importa é como você o desenvolveu a partir daquele ponto”.

Marcin Budkowski, da Alpine, concorda: “Nós estamos falando de correntes de ar complexas e o modo como elas interagem com os outros componentes. Por isso, essa teoria (do rake) é simples demais”.

Helmut Marko, da Red Bull, acrescenta: “Acho que é o pacote geral. Você também precisa levar em conta os pneus”.

Finalmente, Jan Monchaux, diretor técnico da Alfa Romeo, disse: “Para dar uma resposta realmente clara, você precisaria colocar Mercedes e Red Bull em um universo paralelo. Eu poderia imaginar um carro tendo reações diferentes com mais ou menos rake, mas no fim das contas creio que a diferença não chega a meio segundo”.