F1 – Quem está na frente até agora?

Lewis Hamilton

Apesar do melhor tempo no penúltimo dia do teste, não houve comemorações na Ferrari. Os dados do GPS de diferentes equipes vêem a Mercedes na liderança. E a Red Bull em segundo lugar.

Às vezes, tempos de volta podem ser enganosos. Sebastian Vettel deu uma série de voltas rápidas no final da manhã do sétimo dia de testes. O piloto da Ferrari quebrou seis vezes a marca de 1.18s. Nenhuma outra equipe tinha quebrado essa barreira até agora. No final, o relógio parou em 1.17.162 minutos.

Este Vettel foi 1,17s mais rápido do que Kevin Magnussen com sua Haas de UP Ferrari. No entanto, não houve comemorações na equipe de fábrica. Em vez disso, o contrário. O chefe da equipe Maurizio Arrivabene e o diretor técnico Mattia Binotto vieram com uma expressão preocupada da garagem da Ferrari durante o almoço.

Enquanto Vettel lutou furiosamente através de uma parede de autógrafos e caçadores de selfies, Binotto foi lá na equipe Haas. Ele queria perguntar o quanto de combustível tinha na Ferrari de Magnussen? De acordo com os cálculos da concorrência, restava pouco combustível no tanque da Ferrari. Se isso for verdade, Maranello tem com o que se preocupar.

O melhor tempo de Vettel foi cravado com o pneu mais macio da Pirelli, o hiper macio. Magnussen tinha pneus super macios em seu carro. A diferença de dois degraus na borracha é de cerca de um segundo, de acordo com os cálculos da Pirelli. Por esse raciocínio, a Ferrari foi apenas um décimo mais rápida do que a Haas. Não parece ser o suficiente, se você quiser tirar o título da Mercedes.

A Red Bull e a Mercedes não participaram da corrida por uma volta voadora que atacou quase todas as equipes uma hora antes do almoço. A Mercedes não vai atacar o tempo mais rápido no último dia de testes com os hiper macios da Pirellis e pouco combustível. Se mesmo assim seus tempos caírem, será por acaso.

“Nós não aprendemos nada se treinarmos classificação aqui”, disse o engenheiro chefe Andrew Shovlin. Isso não é arrogância, mas autoconfiança. A Mercedes sequer pediu o tipo de pneu mais rápido – o hiper macio – para a Pirelli. “Esse pneu usaremos pela primeira vez em Monte Carlo. Nós temos que testar o que nos proporciona mais conhecimento”.

A Mercedes avalia oficialmente o equilíbrio de como seria uma corrida direta contra a Red Bull, a Ferrari e eles mesmos. Mas eles escondem esses resultados. A Renault não esconde e dá uma clara vantagem para a Mercedes à frente da Red Bull de pelo menos três décimos. A Ferrari estaria apenas em terceiro lugar. Os carros vermelhos aparentemente perdem uniformemente em todas as curvas.

Isso também é confirmado pelas primeiras comparações de stints longos. Valtteri Bottas foi mais rápido que Max Verstappen e Sebastian Vettel por quase um segundo por volta em sua distância de um GP. Todas as outras equipes estão pelo menos 1,6 segundos atrás.

Respondendo às observações da concorrência, a Mercedes também teve que admitir que eles estão na liderança, mas não tão dramaticamente quanto em 2015 e 2016. E no momento, a Red Bull parece melhor que a Ferrari.

No entanto, as conclusões ainda são prematuras. A Mercedes deve alinhar em Melbourne esse mesmo carro. A Red Bull já apresentou um pacote aero novo na área dos defletores. Até o início da temporada, ainda há um estágio de expansão. Mesmo a Ferrari aparentemente ainda está desenvolvendo partes aerodinâmicas.

A Mercedes também acredita que o motor Renault ainda possui reservas de potência. Parece que o desempenho foi aumentado pela primeira vez no sétimo dia de treinos. E foi cerca de 50% do aumento que se pode esperar para Melbourne. Bom para a Red Bull, ruim para a Ferrari.

Veja as melhores voltas de cada piloto até agora na pré-temporada 2018:

Voltas completadas por equipe até o dia 7