F1 – Quatro equipes podem ter problemas para chegar no GP da Austrália

Frederic Vasseur e Mattia Binotto

Franz Tost, chefe da AlphaTauri, acredita que seria “injusto” que a F1 permita que o GP da Austrália avançasse se várias equipes estivessem ausentes devido às restrições de viagem devido ao coronavírus.

Embora uma série de grandes eventos esportivos, incluindo a abertura da temporada de MotoGP no Qatar e o seguinte GP da Tailândia, tenham sido cancelada por causa do coronavírus, as últimas notícias da Austrália são que a F1 está avançando com a abertura da temporada em 15 de março.

Mas em meio a uma situação de rápido desenvolvimento, especialmente com a Itália sendo a fonte de um grande surto do vírus, existe o risco de que alguns funcionários de equipes não consigam chegar às corridas no início da temporada se forem colocadas regras de viagem restritivas de alguns países, especialmente da Itália.

Foi a decisão do Qatar de colocar em quarentena os cidadãos italianos por 14 dias na chegada ao país que levou o MotoGP a cancelar sua corrida lá, apesar dos organizadores da Dorna Sports terem inicialmente planejado que todo o pessoal do paddock evitasse isso.

Restringir viagens da Itália pode levar a uma situação sem precedentes, onde equipes como Ferrari e AlphaTauri não consigam pessoal suficiente para competir nas corridas, enquanto outras equipes – a maioria – não teriam problemas.

Não está claro como a F1 reagiria em uma situação em que uma ou duas equipes não pudessem competir, mas Tost está convencido de que não seria justo a corrida avançar nessas circunstâncias.

Perguntado se havia alguma garantia sobre o que aconteceria nesse cenário, Tost disse: “Se algumas equipes não puderem correr por qualquer motivo, e eu não pensei nisso e também não sou tomador de decisão, mas acho que seria injusto começar a temporada.”

“Esta é uma grande desvantagem para quem quer que esteja ausente do grid.”

Com a F1 já lutando para encontrar uma vaga no final do ano para o adiado GP da China, qualquer mudança de planos para outras corridas quase certamente significaria que eles abandonariam o calendário.

No entanto, Tost diz que a F1 ainda pode usar as férias de verão de agosto ou estender a temporada até dezembro para encontrar espaço para as corridas.

“Estou otimista de que teremos as 22 corridas, porque em novembro e dezembro temos muito tempo onde podemos fazer corridas, e também em agosto”, acrescentou.

O chefe da equipe Ferrari, Mattia Binotto, disse que qualquer problema para sua equipe participar das corridas provavelmente teria um impacto nas equipes clientes da Alfa Romeo e Haas também – portanto, um problema para a Itália poderia afetar quatro equipes no total.

“Eu digo que não são apenas duas equipes]porque estamos prestando assistência à Haas e à Alfa Sauber, então serão quatro equipes, pelo menos, mais a situação da Pirelli que precisamos entender.”

“Então, qual será a situação em que, eventualmente, quatro equipes não puderem correr e se a corrida ocorrerá ou não? Essa não é minha decisão”.

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