F1 pode permitir entrada da Andretti no fim das contas

Andretti-Cadillac

Quatro homens sob o olhar do governo dos Estados Unidos podem, no fim das contas, levar a Andretti-Cadillac a entrar no grid da Fórmula 1.

Sabe-se que, depois que a Liberty Media, proprietária da F1, bloqueou a oferta aprovada pela FIA da Andretti para se tornar a 11ª equipe da categoria, as autoridades anticompetitivas dos EUA estão investigando o assunto.

Ralf Bach, um respeitado jornalista do f1-insider.com, disse que quatro figuras bem conhecidas da F1 foram destacadas pelas autoridades dos EUA em particular.

Eles são Toto Wolff, chefe da Mercedes, Lawrence Stroll, proprietário da Aston Martin, Christian Horner, chefe da Red Bull, e Stefano Domenicali, CEO da F1.

A Eurosport Italia alega que a situação inclusive paralisou as negociações de renovação do contrato de Domenicali.

Quanto ao quarteto mencionado acima, Bach revelou: “Os quatro chegaram ao GP dos EUA em Austin com seus próprios advogados”. Segundo ele, isso ocorreu porque “oficiais das autoridades de justiça dos EUA” também estavam no Circuito das Américas.

“De acordo com nossas informações, (os oficiais) insistiram em entrevistas por videoconferência em um futuro próximo e teriam deixado inequivocamente claro que declarações falsas teriam consequências drásticas”, continuou Bach.

“Aparentemente, há evidências na forma de um grupo do WhatsApp que comprovam o acordo ilegal” para bloquear a entrada da Andretti na F1 por razões financeiras, acrescentou ele.

Além das investigações dos EUA, as autoridades europeias também estão de olho nas violações das leis de competição. O político belga Pascal Arimont disse ao jornal Het Belang van Limburg que a Comissão Europeia deve “proteger os consumidores e garantir uma competição justa”.

A colega parlamentar europeia Christine Anderson seguiu o exemplo com um pedido oficial de investigação sobre a F1, afirmando que a “rejeição da entrada de Andretti pelo Grupo da F1, apesar da aprovação da FIA, poderia revelar um conflito de interesses fundamental”.

Ela disse que equipes existentes conspirando com a F1 para bloquear a Andretti “poderiam distorcer significativamente a competição na indústria automobilística europeia”.

Curiosamente, Michael Andretti se afastou de sua própria organização Andretti Global há apenas algumas semanas, talvez abrindo outro caminho potencial para a F1.

Quanto a Bach, ele acha que o proprietário da Liberty Media, John Malone, na verdade está tentando “limitar os danos” de todas as consequências de ter vetado a entrada de Andretti.

“Fontes internas estão convencidas de que um acordo será feito com Andretti, permitindo que eles entrem na categoria e pelo menos apaziguem os investigadores notoriamente intransigentes do Departamento de Justiça”, escreveu o alemão.

Ele também relaciona a saída do advogado-chefe da Liberty na F1, Sacha Woodward Hill, no mês passado, com o caso Andretti, descrevendo-o como um potencial “bode expiatório”.