F1 – Plano do “motor cliente” de Ecclestone não agrada as equipes
quinta-feira, 29 de outubro de 2015 às 9:39
Fórmula 1
Em todo o pitlane, há pouco entusiasmo pelo plano de Bernie Ecclestone e da FIA para um “motor cliente” na Fórmula 1.
Ecclestone, que convenceu Jean Todt, presidente da FIA, a apoiá-lo, disse que a era atual das unidades de potência é uma ameaça à existência da categoria.
“Nós precisamos introduzir este novo motor”, declarou ele, referindo-se aos planos de um motor turbo de 2.2 litros fornecido por Cosworth ou Ilmor para competir contra os atuais V6 de 1.6 litro.
Segundo Ecclestone, o problema é que as equipes pequenas estão enfrentando sérias dificuldades financeiras e o domínio da Mercedes está afastando os fãs.
“Eu compreendo que as montadoras querem vender sua tecnologia híbrida”, disse ele à Auto Motor und Sport. “Porém, são elas que estão lucrando. Meu trabalho é vender uma categoria, e tudo o que os fãs querem ver são corridas empolgantes. Portanto, precisamos deste novo motor. Se continuarmos assim, não estaremos aqui em 2020”.
Em relação ao plano de Ecclestone, a equipe mais entusiasmada é a Red Bull, que esgotou suas opções sob o regime existente e corre o risco de ficar sem motor.
“A Fórmula 1 finalmente está fazendo sentido”, afirmou Helmut Marko ao ser questionado sobre o plano de Ecclestone. “Esse é o caminho de volta às corridas reais. Nós sempre dissemos que a tecnologia híbrida é o caminho errado, mas na época todos riram de nós”.
Também é previsível a relutância de montadoras como a Mercedes, que vêm gastando milhões na fórmula híbrida, se beneficiando da imagem “ecológica”, subsidiando os custos por meio da venda a clientes e dominando a categoria. Contudo, nem mesmo as equipes pequenas parecem muito entusiasmadas.
“Se eles acham que podem implementar isso, por que não fazê-lo com um teto orçamentário? Ou banir motores A e B, ou obrigar as montadoras a fornecer para um número mínimo de equipes?” declarou Otmar Szafnauer, da Force India.
E Bob Fernley, diretor da equipe, acrescentou: “A ideia de uma fabricante independente é boa, mas é difícil dizer alguma coisa antes de conhecermos os detalhes”.
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