F1 – Nova medida de emergência da FIA: já não é necessário um acordo unânime

FIA

A FIA introduziu uma nova medida de emergência que descarta o apoio unânime exigido das equipes. Isto permite à FIA implementar uma alteração dos regulamentos no prazo de um ano, independentemente do acordo de todas as equipes. Trata-se de uma “cláusula de salvaguarda” que se aplica a todas as disciplinas, mas que parece centrar-se na Fórmula 1 em especial.

Como resultado da crise do coronavírus, a FIA descobriu que algumas situações exigem uma ação rápida. A obtenção do apoio unânime de todas as equipes leva regularmente muito tempo e isso cria situações precárias. Para evitar isto, esta cláusula entrou agora em vigor, como a FIA anunciou no seu website, sendo a maioria dos votos suficiente para fazer avançar a alteração dos regulamentos.

Esta não é a primeira mudança que a FIA está fazendo neste momento, no final do mês passado, o Presidente da FIA, Jean Todt, já tinha mais poder. Com esta nova medida, o poder de decisão da FIA aumenta ainda mais e as equipes do topo podem ser limitadas na sua influência. Isto resulta num cenário interessante no que diz respeito ao limite máximo orçamental.

A intenção é que haja um teto orçamental para reduzir as diferenças entre as equipes, resultando num campeonato mais excitante. Para as equipes pequenas isto é interessante, para as grandes significa um corte considerável nas despesas e isso é motivo de discussão.

Um limite orçamental previamente acordado de 145 milhões de dólares é o que a Ferrari e a Red Bull Racing querem manter, mas fala-se agora de uma nova redução. Se implementado, o limite orçamental diminuiria em 45 milhões de dólares, para um máximo de 100 milhões de dólares por ano.

Isso é algo a que a McLaren é a favor, mas as outras duas equipes mencionadas não gostam. Para resolver este impasse, a FIA pode colocar a Ferrari e a Red Bull Racing fora do caminho com esta regra e implementar um novo limite orçamental sem longas discussões. Desde que o resto das equipes concordem com um limite de 100 milhões de dólares.

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