F1 – Ferrari se recusa a comentar controvérsia da bandeira da marinha
sexta-feira, 26 de outubro de 2012 às 11:25
Ferrari
O chefe da Ferrari, Stefano Domenicali, se recusou a falar sobre a crescente controvérsia política causada pela decisão de sua equipe de exibir a bandeira de marinha italiana em seus carros no GP da Índia.
A organização baseada em Maranello está usando a bandeira para prestar tributo à sua organização militar – e na tentativa de pressionar por uma solução para a situação tensa entre a Itália e a Índia por causa de dois marinheiros italianos, que foram acusados após um incidente que provocou a morte de dois pescadores.
Uma declaração no site da Ferrari sobre a bandeira afirmou: “Ao fazer isso, a Ferrari presta tributo a uma das entidades de destaque do nosso país, também na esperança de que as autoridades indianas e italianas em breve encontrem uma solução para a situação envolvendo dois marinheiros da Marinha da Itália”.
A atitude provocou críticas do governo da Índia por causa da natureza controversa do incidente. Syed Akbaruddin, porta-voz oficial do ministério das relações estrangeiras, declarou à agências de notícias indianas: “Usar eventos esportivos para promover causas que não são de natureza esportiva não está de acordo com o espírito dos esportes”.
Domenicali foi questionado sobre a situação durante uma conferência de imprensa oficial da FIA, mas se recusou a entrar em detalhes. “Se você olhar o passado, tivemos muitas iniciativas, mas não quero falar sobre nada específico, porque este não é o lugar para fazermos isso”.
Quando lhe perguntaram se sua equipe iria reconsiderar a utilização da bandeira, Domenicali respondeu: “Honestamente, acredito que esse não é um assunto para ser discutido nesta conferência de imprensa. Se você tem perguntas, nós temos um assessor de imprensa”.
Os estatutos da FIA afirmam que nenhuma equipe deve fazer gestos políticos, e Domenicali insistiu que a atitude de sua organização não tem nada a ver com isso. “Não há nenhuma intenção ou discussão políticas – isso é o que está escrito”.
O chefe executivo da Fórmula 1, Bernie Ecclestone, afirmou que não se envolveria no assunto, e que cabe às autoridades de automobilismo do país lidar com isso. “O que nós faríamos é pedir para a autoridade esportiva nacional (FMSCI) vir aqui dar uma olhada. Nós não somos políticos”, disse Ecclestone.
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