F1 – E os protestos contra as asas flexíveis?

Adauto Silva e Bruno Aleixo no “Loucos” #120

Depois de semanas de trocas de acusações sobre a asa traseira da Red Bull e a dianteira da Mercedes, não houve qualquer protesto nem antes e nem depois do GP do Azerbaijão no último domingo.

Enquanto a equipe alemã alegou que a asa traseira da Red Bull não cumpria o regulamento e ameaçou protestar, a equipe de Max Verstappen e Sergio Perez ameaçou retaliar protestando contra a asa dianteira da Mercedes.

No fim, a Mercedes não protestou porque – como o Autoracing vem afirmando desde o começo – a asa traseira dos Touros sempre esteve dentro do regulamento, assim como a asa dianteira dos Prateados. Ambas as equipes levaram asas diferentes para Baku, já que o circuito demanda asas com menos downforce, mas elas continuaram flexionando igual as asas anteriores.

Tanto é que, durante o GP do Azerbaijão, essa discussão foi “esquecida” e ambas as equipes se voltaram principalmente para a corrida. “É estranho, claro. Foi um ponto por um tempo e houve algumas escaramuças entre Christian Horner e Toto Wolff”, comentou Kees van de Grint da RTL Slipstream. “Wolff não protestou no final, embora fosse do seu interesse. Ele poderia, é claro, ter tentado protestar contra a asa traseira de Perez, que ganhou corrida.”

A Mercedes acabou não o fazendo e decidiu se concentrar principalmente no fim de semana da corrida. “Isso também diz algo sobre a mentalidade. É principalmente muita gritaria, muita pressão”, disse Van de Grint, que concorda que a discussão provavelmente retornará à França no final de junho.

Nem a Red Bull nem a Mercedes tiveram um fim de semana perfeito. Verstappen teve que abandonar a corrida devido ao pneu traseiro que explodiu em plena reta – o que impediu uma dobradinha dos Touros – , enquanto Lewis Hamilton cometeu um erro de procedimento e terminou sem pontuar.