Equipes de F1 buscam um novo “acordo de cavalheiros”

segunda-feira, 9 de setembro de 2024 às 13:55

Toto Wolff, Zak Brown e Fred Vasseur

As equipes de Fórmula 1 estão costurando um novo “acordo de cavalheiros” que pode impactar o recrutamento de pessoal.

Adrian Newey e Jonathan Wheatley, após saírem da Red Bull, foram obrigados a tirar vários meses de licença remunerada antes de se juntarem totalmente às suas novas equipes.

O último boato é que Newey vai se juntar à Aston Martin, apesar de nenhum anúncio oficial que era esperado até o fim da semana passada e agora espera-se para essa semana. Enquanto isso, Wheatley foi confirmado deixará a Red Bull para se tornar um diretor da equipe Audi.

Também conhecido como “quarentena”, o período foi introduzido nos contratos como uma forma de evitar que a propriedade intelectual fosse transferida, com algumas equipes incluindo vários meses em contratos que impedem membros sêniores de se juntar a uma nova equipe mais rapidamente.

O sistema foi feito para evitar que o pessoal saia, mas nos últimos dois anos, houve mais mudanças na equipe técnica de bastidores, pois as equipes precisam conciliar suas obrigações financeiras sob o teto de custos, mantendo os membros da equipe satisfeitos.

Agora, de acordo com relatos da imprensa europeia, as equipes estão procurando reduzir o tempo de quarentena do pessoal que muda de equipe usando um novo acordo de cavalheiros. De alguns anos para cá, a Mercedes foi a única equipe que liberou vários membros sêniores com quarentenas muito curtas ou até mesmo sem quarentena.

Frederic Vasseur destaca o problema com as mudanças de equipe da F1

O chefe da Ferrari, Frederic Vasseur, destacou recentemente os problemas com a contratação de novos funcionários, tendo precisado preencher a função de diretor técnico interino após a saída com quarentena de Enrico Cardile para se juntar à Aston Martin.

Vasseur acredita que o tempo deve ser reduzido para permitir um impacto maior mais cedo nos projetos das equipes de F1, já que a maioria tende a influenciar apenas o carro do ano seguinte.

Um exemplo importante disso é Rob Marshall, da McLaren, que se juntou à equipe vindo da Red Bull em janeiro deste ano após seis meses quarentena.

Muitos dão crédito a Marshall por produzir um dos carros mais rápidos do grid, ao mesmo tempo em que utiliza as novas instalações de túnel de vento da McLaren que entrou em operação no ano passado.

Equipes de F1 querem quarentena mais curta para o pessoal

Essa troca de equipe está se tornando mais comum na F1 devido ao limite de custos. No passado, as equipes conseguiam oferecer salários premium, o que sempre foi uma opção lucrativa para equipes como Sauber e Ferrari, que não estão sediadas no Reino Unido.

Agora, eles estão restritos a quantia que podem gastar com pessoal, o que significa que há maiores movimentações de pessoal, pois as equipes podem encontrar os engenheiros mais econômicos.

O problema, conforme destacado por Vasseur, é o tempo que eles levam para se mover entre as equipes durante o período de quarentena. De acordo com relatos, as equipes estão pensando em potencialmente introduzir um acordo de cavalheiros que encurta esse tempo e permite que novos funcionários comecem mais cedo.

Com as novas regras fornecendo uma ficha limpa para as equipes em 2026, seria uma opção bastante lucrativa para as equipes que já estão em desvantagem com seus preparativos.

AS - www.autoracing.com.br

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