Entrada da VW poderia trazer de volta o GP da Alemanha

GP da Alemanha – Hockenheim

A Fórmula 1 pode introduzir um esquema de alternância de corridas a fim de assinar mais contratos com países interessados em sediar GPs.

Já com 23 etapas marcadas para 2022, as equipes de F1 argumentam que o calendário já está no limite. Porém, uma maneira de contornar isso é fechar mais acordos baseados em um sistema de alternância anual.

“Essa é uma possibilidade que nós estamos analisando”, confirmou Stefano Domenicali, CEO da F1, à Auto Motor und Sport.

Os Estados Unidos são uma meta particular, com Miami se juntando a Austin no próximo ano e rumores agora indicando uma terceira prova norte-americana em um futuro próximo.

“Neste momento, o mercado americano estaria pronto para isso”, disse Domenicali. “Nós também estamos conversando com a África e outros países no Extremo Oriente. Mas acredite, eu também gostaria de ver a Alemanha conosco em uma base estável por muito tempo”.

Atualmente, a Alemanha está fora do calendário da categoria apesar de sua grande tradição no automobilismo.

“Devido à alta taxa de entrada, a F1 infelizmente não é um caso de negócio para nós”, declarou uma fonte de Hockenheim. “Se nós tivéssemos uma receita para tornar a corrida acessível, teríamos usado há bastante tempo”.

Domenicali admite ser frustrante que o público e a situação comercial na Alemanha não permitam que os circuitos simplesmente assinem um contrato normal de corrida.

“Principalmente quando você considera o interesse que os alemães têm no automobilismo”, comentou o italiano.

“Eu lamento isso porque acredito, e isso vale para toda a indústria do automobilismo, que eles não estão dando a resposta correta para os fãs apaixonados. Vou trabalhar duro junto com as montadoras e nossos parceiros para ver o que pode ser feito”.

Uma possibilidade é que, se Audi e Porsche – marcas da Volkswagen – entrarem na F1, isso poderia reacender o interesse alemão pela categoria.

“Eu não posso responder essa pergunta sobre o Grupo VW porque não é minha decisão”, afirmou Domenicali.

“Mas espero que todo novo elemento seja um despertar que os leve a querer fazer parte da família. Isso seria mais do que bem-vindo. Meu maior pesar é ver que o mercado alemão não está interessado em sediar um GP”.

A fonte de Hockenheim concorda sobre o cenário da VW: “É concebível que uma entrada poderia provocar um impacto – é claro que nós esperamos que isso aconteça”.