Engenheiros da Red Bull preocupados com Perez e o título de construtores

Sergio Perez

Apesar de Sergio Perez ter renovado seu contrato por mais 2 anos com a Red Bull no mês passado, ele agora está lutando por seu futuro nos Touros.

Anteontem, terça-feira, um membro sênior da Red Bull disse ao Autoracing que se fosse uma decisão somente dele, “Eu colocaria Liam Lawson no lugar do Perez imediatamente em Budapeste. Ele não precisa ser testado mais, já provou que é rápido, inteligente e autoconfiante. É o nosso segundo piloto mais completo dos quatro da F1.”

A Red Bull tem várias cláusulas de rescisão do contrato de Perez, mas não se esperava que alguma delas se tornasse relevante até 2025.

Mas se ele estiver mais de 100 pontos atrás de Max Verstappen quando começarem férias de verão da F1, então a Red Bull estará em posição de demiti-lo. A diferença é atualmente de 137 pontos com apenas duas corridas pela frente, portanto não parece ser muito realista pensar que Perez pode tirar essa diferença.

Checo conquistou o seu novo contrato com algumas exibições sólidas nas primeiras corridas, quando o RB20 ainda era um carro dominante. Ele completou uma dobradinha atrás de Verstappen em três dos primeiros quatro GPs e também terminou no pódio na China.

Mas depois de um respeitável P4 em Miami, sua temporada desmoronou. Ele passou três corridas sem chegar ao Q3 e abandonou em Mônaco e no Canadá.

Ele terminaria com poucos pontos na Espanha e na Áustria antes que surgissem rumores sobre seu futuro no GP da Inglaterra. O fim de semana miserável de Perez em Silverstone só serviu para piorar sua situação.

Mas muito pior que isso, os engenheiros da Red Bull – que ganham bônus polpudos pelo título dos construtores – expressaram preocupações sobre isso por causa de Sergio Perez

Perez, sabendo que precisava entregar, foi pego nas condições climáticas instáveis durante o Q1. Depois de colocar pneus slick, ele encontrou água em direção à curva Copse, derrapou para fora da pista e encalhou seu RB20 na brita.

Ele perguntou se os comissários poderiam empurrá-lo de volta para a pista, mas isso o desclassificaria na hora. Ele finalmente se classificou em P19, mas optou por largar do pitlane para poder mudar sua configuração.

Após o treino, os engenheiros da Red Bull foram vistos tendo uma conversa “não muito animada” com o chefe da equipe, Christian Horner, embaixo de seus escritórios na pista. Entende-se que Perez foi o assunto da discussão.

De acordo com o Motorsport.com, a equipe deixou Horner “totalmente consciente” do “sentimento crescente” de que o piloto de 34 anos estava colocando em risco a defesa do título de construtores. E isto tornou-se um “sério motivo de preocupação”.

Christian Horner disse a Max Verstappen que rejeitaria um companheiro de equipe ‘irritante’

Com Perez começando atrás, a Red Bull apostou previsivelmente desde o início. Eles foram um dos primeiros a parar quando começou a chover, mas a pista estava muito seca para intermediários e ele perdeu muito tempo antes de ter que parar novamente para um novo conjunto.

Perez finalmente cruzou a linha em P17 lugar e, embora Verstappen tenha somado 18 pontos, os rivais ainda fizeram incursões. A Mercedes conseguiu 25 através de Lewis Hamilton e, mais significativamente, a McLaren adicionou 27 à tabela dos construtores.

A equipe de Woking está agora 78 pontos atrás e o atual cenário sugere que eles ultrapassarão a Ferrari pelo P2 na Hungria. Horner rejeitou anteriormente a ideia de que a McLaren tinha uma vantagem devido à maior consistência de Lando Norris e Oscar Piastri, mas isso é cada vez menos verdadeiro.

A Red Bull pode, em última análise, basear a sua decisão não em Perez, mas na força das alternativas. Peter Windsor alertou que Verstappen não vai querer um companheiro de equipe “chato” como por exemplo, Nico Hulkenberg, preferindo um piloto que ele possa vencer confortavelmente.