Dirigente da FIA pede demissão e detona Ben Sulayem

Robert Reid

Robert Reid, vice-presidente de esportes da FIA, renunciou e criticou duramente o presidente Mohammed Ben Sulayem em sua carta de demissão.

Reid, ex-navegador de Richard Burns, campeão mundial de rally de 2001, estava ao lado de Ben Sulayem, mas optou por renunciar devido ao que ele percebe como uma “ruptura fundamental nos padrões de governo dentro do órgão regulador global do automobilismo”.

Sob a liderança de Ben Sulayem, várias figuras importantes deixaram a federação, incluindo a CEO Natalie Robyn, enquanto Niels Wittich, ex-diretor de prova da Fórmula 1, foi removido repentinamente pouco antes do GP de Las Vegas de 2024.

Em uma declaração contundente, Reid explicou sua decisão de pedir demissão na semana do GP do Bahrain.

“Quando assumi este cargo, era para servir aos membros da FIA, não para servir ao poder”, explicou ele.

“Com o tempo, testemunhei uma erosão constante dos princípios que prometemos defender. As decisões estão sendo tomadas a portas fechadas, ignorando as estruturas e pessoas que a FIA existe para apresentar”.

“Assumi esta função para ajudar a proporcionar maior transparência, um governo mais forte e liderança mais colaborativa. Não posso mais, de boa-fé, continuar fazendo parte de um sistema que não os reflete mais”.

“Afastar-me não foi fácil, mas permanecer significaria comprometer aquilo em que acredito, e isso é uma questão de princípios, não de política”.

“O automobilismo merece uma liderança pautada na integridade, na responsabilidade e no respeito aos processos. Esse é o padrão mínimo que todos devemos esperar e exigir”.

A renúncia de Reid ocorre após David Richards, presidente do Motorsport UK, escrever uma carta aberta acusando Ben Sulayem de “tomada de poder” depois que a FIA o proibiu de participar de uma reunião do Conselho Mundial de Automobilismo devido à sua recusa em assinar um novo acordo de confidencialidade.