Decisão sobre novas equipes em “quatro a seis semanas”

Mohammed Ben Sulayem

Mohammed Ben Sulayem, presidente da FIA, confirmou que a federação terá uma “decisão final” sobre novas equipes na Fórmula 1 nas próximas “quatro a seis semanas”.

Entende-se que cinco equipes enviaram uma proposta para a FIA visando entrar na F1 na temporada 2025, com o processo permitindo que duas competidoras se juntem às 10 atuais.

A Andretti Cadillac está no centro da saga, já que seus esforços vêm enfrentando uma forte oposição das equipes já presentes no grid.

O processo da FIA para analisar das propostas está em andamento, mas a F1 também se envolverá na decisão final.

“Eu espero que possamos fazer o anúncio no próximo mês”, declarou Ben Sulayem ao formula.hu.

“Nós estamos falando de pessoas sérias e não queremos excluir ninguém sem uma revisão detalhada das propostas que recebemos”.

“Estamos falando de grandes nomes e muito dinheiro. Creio que a carta de intenção foi a decisão correta e o contrato diz que pode haver 12 equipes no pelotão da F1”.

“É claro, não queremos qualquer equipe, queremos equipes de primeira classe e precisamos de uma montadora. Eu prefiro montadoras porque seria bom para a categoria”.

“Não estamos com pressa, a equipe da FIA vem trabalhando duro na carta de intenção, tivemos reuniões com as equipes para revisar suas propostas e acho que teremos uma decisão final em quatro a seis semanas”.

A oposição enfrentada pelas novas equipes é basicamente uma questão de valor para a F1 e o grid atual, com Toto Wolff, chefe da Mercedes, liderando os pedidos para que os interessados comprem operações existentes.

“Obviamente, é uma questão política e financeira”, acrescentou Ben Sulayem. “Mas está claro para mim que a FIA precisa respeitar os tratados e nós somos regulados pela União Europeia. Não podemos manipular nada”.

“Se uma equipe está interessada e nossas regras dizem que podemos ter um determinado número de equipes, como podemos recusar?”

“Eu compreendo as preocupações das outras equipes, principalmente a parte financeira, a distribuição da renda, mas não estou aqui para irritar ninguém, e sim fazer a coisa certa pelo esporte”.

“Nós ficamos felizes em conversar com todos e dar conselhos, mas não podemos dizer a uma grande equipe querendo entrar na F1 para comprar uma operação ou desistir. Eu considero isso errado”.