Comissão Europeia poderia forçar entrada da Andretti na F1
sexta-feira, 8 de setembro de 2023 às 9:14
Fórmula 1
A Fórmula 1 pode enfrentar leis da Comissão Europeia que efetivamente forçariam a entrada da Andretti-Cadillac na categoria.
A organização de Michael Andretti causou impacto nesta semana anunciando uma mudança de nome – Andretti Autosport para Andretti Global.
É outro sinal de que a FIA aprovou sua tentativa de entrar na F1 a partir de 2025, tendo cumprido todas as condições estabelecidas pela federação.
A decisão final ficaria com a Liberty Media, cujo CEO Stefano Domenicali e a maioria das 10 equipes existentes já expressaram sua oposição clara à entrada da Andretti.
Entretanto, de acordo com Michael Schmidt, correspondente da Auto Motor und Sport, a Liberty “não pode simplesmente rejeitar” a Andretti.
Por um lado, a F1 pode ter um argumento a respeito da potencial falta de competitividade da Andretti contra as equipes atuais, considerando o tempo limitado de preparação antes de 2025.
De fato, rumores indicam que a Andretti pode precisar seguir o modelo Haas-Ferrari construindo o primeiro carro com a ajuda da Renault-Alpine, sua parceira técnica.
Mesmo assim, a Comissão Europeia pode estar do lado da Andretti. Em 2000, a Comissão investigou a F1 por supostas violações das leis de competição da Europa – principalmente a venda dos direitos de transmissão na época.
A Comissão concluiu que a F1 precisava fazer alterações visando garantir justiça e competição, levando à criação do “Artigo 2” – que agora impede a Liberty Media de vetar a participação da Andretti por razões que não sejam a segurança.
“Se a FIA não conseguir, a F1 também terá dificuldades para provar isso”, explicou Schmidt.
Se a F1 simplesmente recusar a Andretti, a entidade americana pode abrir um processo e provocar uma situação constrangedora na qual a FIA permite sua participação, mas a Liberty impede que ela seja mostrada nas imagens de TV.
A situação pode explicar em parte por que a Liberty, liderada por Greg Maffei, está tão disposta a acelerar as negociações do novo Pacto de Concórdia apesar do atual ser válido até o fim de 2025.
Se um novo acordo for fechado antes da aprovação da Andretti, a Liberty poderia simplesmente aumentar a taxa atual de entrada – $200 milhões para incríveis $600 milhões.
“Isso impediria qualquer interessado, até mesmo uma montadora automotiva”, disse Schmidt.
Porém, mesmo se a Liberty conseguir um novo Pacto de Concórdia que exclua a Andretti, a F1 ainda pode estar sujeita às regras da Comissão Europeia.
Essas regras afirmam que a Liberty não pode abusar de sua posição dominante para impedir uma competição justa dentro da F1. Espera-se que a FIA esclareça sua postura em relação à Andretti-Cadillac no final de setembro.
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