Chefe da Red Bull admite: “Perez tem mais problemas do que Verstappen”

Sergio Perez

Isso já foi visto no passado e ocorreu novamente nas últimas corridas de Fórmula 1 de 2024 até agora: um carro da Red Bull Racing difícil de pilotar.

Desde então, Max Verstappen teve que lutar para se manter no topo, enquanto Sergio Perez caiu para trás. O diretor técnico Pierre Waché admite que o mexicano está enfrentando dificuldades nessa área e explica como a equipe está tentando ajudá-lo.

Perez começou a temporada forte ao terminar no pódio em quatro dos cinco primeiros Grandes Prêmios. Depois do GP da China, a Red Bull teve dificuldades, e a partir da corrida de F1 em Imola os resultados de Perez despencaram, com ele caindo do segundo para o sétimo lugar no campeonato de pilotos.

Os resultados decepcionantes de Perez têm a ver em parte com uma concorrência mais forte, mas também com um RB20 mais difícil de pilotar. Waché admite que Perez está lutando mais do que Verstappen nessa área. “Pode estar ligado a isso, sim. Pode ser parte da história, isso é correto”, disse ele em conversa com o Motorsport.com.

Para ajudar Perez – e também Verstappen, que também não está satisfeito com o carro no momento – a Red Bull está tentando torná-lo mais fácil de pilotar. Porém, segundo Waché, a equipe não consegue identificar exatamente o que Perez está enfrentando.

O fato de as simulações nem sempre corresponderem exatamente à realidade não ajuda. Além disso, o diretor técnico argumenta que a interação com os pneus é difícil de simular.

Uma questão difícil para a Red Bull é que por um lado a equipe quer ter um carro o mais rápido possível, mas por outro os pilotos têm que saber lidar com isso em termos de equilíbrio.

“Se tornarmos o carro mais rápido de uma forma que Checo possa usá-lo bem, isso na verdade significa que ambos os pilotos poderão tirar o máximo proveito dele. Mesmo que as preferências sejam um pouco diferentes, o que eles precisam do carro permanece basicamente o mesmo”, explicou Waché.

O diretor técnico da Red Bull nega que o carro esteja sendo desenvolvido para um estilo de pilotagem específico. É para isso que serve o acerto, frisa.

Às vezes o carro fica mais rápido, mas o piloto não se sente confortável nele. Portanto, trata-se de encontrar o equilíbrio certo entre desenvolver um carro rápido que também seja fácil de guiar para os pilotos.