CEO da Renault descarta venda da Alpine

quinta-feira, 6 de junho de 2024 às 10:19

Alpine

A montadora francesa Renault deixou claro que sua equipe Alpine de Fórmula 1 não será vendida, apesar de receber “ofertas a torto e a direito”.

A Alpine vem tendo um início de temporada desafiador em 2024, com seu A524 começando a campanha no fundo do grid e marcando apenas dois pontos até agora.

Suas dificuldades geraram especulações de que a proprietária Renault poderia tentar se livrar dela.

Um potencial comprador poderia ser a Andretti, que foi aconselhada pela FIA a adquirir uma equipe para garantir um lugar no grid, embora tenha havido rumores recentes de que a empresa chinesa Geely estava visando um envolvimento.

Contudo, Luca de Meo, CEO do Grupo Renault, é enfático ao dizer que, apesar das atuais dificuldades da Alpine, ele não está interessado em vender a totalidade ou parte dela aos interessados.

Em uma entrevista à revista Autocar, de Meo disse: “Quero deixar isso bem claro. Nós não vamos desistir de maneira nenhuma”.

“Não é meu estilo. Não venderemos nem uma parte disso. Não precisamos do dinheiro. Já tive pessoas fazendo ofertas a torto e a direito e depois falando sobre isso na imprensa, mas não estamos interessados. Seria estúpido e não farei isso”.

De Meo não se esquiva do fato de que o atual nível de performance da Alpine na F1 não é bom o suficiente, culpando uma combinação de erros com o motor e o chassi pela sua situação.

“Quando começamos a era híbrida (2014), nosso motor não funcionava”, explicou ele. “Fomos campeões mundiais com a Red Bull, mas com o híbrido as coisas deram errado”.

“Até mesmo o motor que desenvolvemos em 2021 tinha uma desvantagem de 0.2s a 0.5s por volta. E este ano estragamos tudo com o carro. Se você combinar tudo, estamos a 1.5s de onde precisamos estar”.

Mas ele afirmou que a equipe fará tudo o que puder para seguir em frente e destacou a necessidade de três elementos-chave.

“O primeiro é uma equipe de qualidade com pessoas de primeira linha”, disse ele. “O segundo é uma obsessão por vencer. O terceiro é a colaboração e a confiança de toda a equipe, um espírito de cooperação que faz as coisas parecerem mais fáceis”.

“A Alpine deve ser uma das equipes da F1 com ombros mais largos porque tem o apoio do Grupo Renault. Não creio que merecemos ser uma equipe de ponta neste momento, mas não estamos na F1 como turistas, por isso precisamos trabalhar duro”.

“Claro, cometemos erros. Acontece. Mas acho que estamos certos em colocar a F1 no centro da Alpine e pintar o carro de azul para representar uma cultura automotiva distinta”.

“Essa marca é totalmente legítima porque sempre esteve em competição, mas pode fazer muito melhor e não quero perder a oportunidade”.

 

LS - www.autoracing.com.br

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