Brundle: “Eventos internos” explicam a queda da Red Bull

quarta-feira, 29 de maio de 2024 às 9:43

Max Verstappen, Helmut Marko e Christian Horner

Martin Brundle afirmou que um fator que contribuiu para a recente queda de performance da Red Bull foram os “eventos internos” dos últimos meses.

A Red Bull está enfrentando seu primeiro teste real desde a introdução do novo regulamento aerodinâmico em 2022, e Brundle não tem dúvidas de que os eventos que vêm ocorrendo desde a pré-temporada agora estão afetando a equipe.

A investigação em torno do chefe Christian Horner expôs uma dinâmica de poder interna dentro da Red Bull que aparentemente desempenhou um papel na saída do chefe técnico Adrian Newey.

Avaliando a situação em sua coluna para a Sky, Brundle disse: “Ferrari e McLaren estão em um bom momento, ambas as equipes e duplas de pilotos parecem muito coesas, focadas e bem estruturadas”.

“Isso significa que a Red Bull está olhando bastante no retrovisor tanto no campeonato de pilotos quanto no de construtores, e parece que a disputa está aberta com tantas corridas pela frente”.

“Pessoalmente, não tenho dúvidas de que os eventos internos da Red Bull prejudicaram suas performances recentes, e eles estarão desesperadamente ansiosos para voltar ao normal em Montreal”.

Embora Brundle tenha ficado encantado com o triunfo histórico de Charles Leclerc em casa, ele ficou triste com a forma como a corrida se desenrolou depois da bandeira vermelha na primeira volta.

Durante a interrupção, as equipes foram autorizadas a trocar os pneus, garantindo que os líderes, em particular, pudessem percorrer as 77 voltas restantes após a relargada sem preocupações com a escolha da borracha.

Saudando a “performance perfeita” e o “final de conto de fadas” de Leclerc, ele lamentou o que foi “infelizmente uma não-corrida”.

“Na melhor das hipóteses, esse traçado precisa de um safety car no momento certo, uma bandeira vermelha ou chuva. Melhor ainda, todos os três”, acrescentou Brundle.

“O pior cenário é uma bandeira vermelha na primeira volta num dia em que dois dos três compostos de pneus podem completar toda a distância da prova, fazendo assim o melhor uso do regulamento que permite a troca de pneus durante a bandeira vermelha e permitindo que todos cumprissem o uso de dois compostos diferentes numa prova no seco. Foi exatamente o que aconteceu”.

“Isso criou um cenário onde a Ferrari, com Leclerc na frente e Carlos Sainz em terceiro, basicamente mediu seu ritmo com o quinto colocado George Russell, um piloto que eles nunca mais veriam em seus retrovisores depois de algumas voltas, para evitar a abertura de uma janela de pit-stop para a McLaren de Lando Norris em quarto”.

“Então, na segunda largada após a bandeira vermelha, os 10 primeiros terminaram exatamente na mesma ordem pela primeira vez na história da Fórmula 1”.

 

LS - www.autoracing.com.br

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