Briga entre Russell e Verstappen gera críticas e especulações

sábado, 7 de dezembro de 2024 às 8:50

George Russell e Max Verstappen

A crescente rivalidade entre George Russell e Max Verstappen está chamando a atenção do paddock da Fórmula 1, com sugestões de que pode haver um ângulo político ou estratégico por trás das ações do piloto da Mercedes.

A polêmica começou no Catar por causa de uma punição de classificação, onde Russell afirma que Verstappen o ameaçou com “violência” após a reunião dos comissários. Desde então, a disputa atraiu os chefes de equipe, com Toto Wolff, da Mercedes, acusando Christian Horner, da Red Bull, de agir como um “pequeno terrier latindo”.

Horner respondeu em Abu Dhabi na sexta-feira, dizendo: “Prefiro ser um terrier do que um lobo”. No centro da rivalidade, Russell acusou Verstappen de ser um “valentão” e que ameaçou “me colocar de cabeça na parede”.

“Acho que Russell está sendo um pouco intenso”, disse o ex-piloto de F1 Giedo van der Garde ao Viaplay. “Ele realmente está indo longe demais”.

O conselheiro da Red Bull, Dr. Helmut Marko, defendeu Verstappen, alegando que o holandês foi sincero sobre o incidente. “Acredito nele quando diz que Russell não se ateve à verdade ao retratar os acontecimentos”, declarou ao Sport1.

“Max vai ser pai, mas isso só tornará seu caráter naturalmente forte ainda mais forte. Ele não se deixa manipular e sempre diz o que pensa”, prosseguiu.

O ex-piloto de F1 Ralf Schumacher apoiou Verstappen, afirmando: “Russell reagiu com muita sensibilidade. Ele está bancando a rainha do drama um pouco demais”.

Lando Norris, da McLaren, concordou, observando que Verstappen não está tentando intimidar os outros. “Não acho que Max esteja tentando intimidar ninguém. Ele apenas diz as coisas como elas são, mesmo que hoje em dia as pessoas nem sempre queiram ouvir a verdade”, comentou.

Os relatos indicam que a tensão foi transferida para o jantar dos pilotos de final de temporada em Abu Dhabi, onde Verstappen cumprimentou Russell com um “Oi George”, mas Russell respondeu movendo sua cadeira para o extremo oposto da mesa.

O piloto holandês de GT3, Indy Dontje, sugeriu que o comportamento de Russell pode comprometer seu papel como diretor sênior da Associação de Pilotos de Grande Prêmio (GPDA).

“Isso é um pouco problemático agora porque, em princípio, ele deveria representar o grupo de pilotos, mas ele indicou que não respeita nenhum deles”, opinou Dontje à Ziggo Sport.

Também cresce a especulação de que as ações de Russell possam ter motivação política. Dontje deu a entender que Russell poderia estar se preparando para a possível mudança de Verstappen para a Mercedes em 2026.

“Talvez ele saiba que Max virá nessa direção em 2026”, especulou Dontje. “Se ele acabar sentado ao lado de Max, é guerra. Caso contrário, ele pode até tirar seu lugar. Ele está armando alguma coisa”.

Marko, da Red Bull, no entanto, está ansioso para seguir em frente. “Temos que nos concentrar no carro. Se os pilotos estão brigando entre si, isso não tem nada a ver com a solução dos problemas técnicos do nosso carro”, concluiu.

EB - www.autoracing.com.br

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