Audi e Honda resistem ao retorno dos V10, admite a FIA

Motor Ferrari V10 de 2004

A FIA confirmou que discussões discretas estão em andamento sobre um possível renascimento dos motores V10 na Fórmula 1.

Nos últimos dias, houve rumores de que as regras divisivas do motor de 2026 podem ser abandonadas em favor de V10s naturalmente aspirados usando combustível sustentável até 2028.

Em resposta, a Audi divulgou uma declaração — curta em detalhes, mas firme no tom — sugerindo que a fabricante de propriedade da Volkswagen só adquiriu a Sauber devido à estrutura de eletrificação pesada de 2026.

O piloto da equipe Nico Hulkenberg reforçou essa posição em Xangai, afirmando: “Os regulamentos para 2026 estão definidos em pedra”.

Em meio aos sinais mistos, Nikolas Tombazis, diretor de monopostos da FIA, reconheceu que “negociações preliminares” estão acontecendo, embora tenha enfatizado que “não há pressa”.

“Estamos orgulhosos de ter trazido a Audi para este esporte e não queremos que eles mudem de ideia”, acrescentou. “Estamos orgulhosos de ter feito a Honda reconsiderar sua decisão de sair e voltar, mas agora estamos tentando encontrar um meio-termo que sirva para todos, levando em consideração as realidades atuais”.

“Não há uma solução única para todos, então estamos tentando encontrar um meio-termo”, prosseguiu.

Os críticos alertam que as regras de 2026, como estão, podem comprometer a qualidade das corridas, enquanto outros destacam os custos crescentes de avançar mais profundamente na era híbrida.

“Em 2020-2021, quando os regulamentos foram discutidos, a tendência para a propulsão elétrica era óbvia”, explicou Tombazis. “Desde então, as opiniões dos participantes mudaram e, mesmo que a Fórmula 1 esteja agora em uma posição financeira muito boa, é importante para nós protegê-la de novas flutuações na economia global”.

“Mas não estamos tentando fazer nada unilateralmente. Em vez disso, queremos levar em conta os interesses de todos os participantes”, concluiu ele.